Cientistas descobrem novo 'lar' do Homo sapiens fora da África

De acordo com informações da IFLScience, um grupo de cientistas fez uma descoberta do que teria sido o primeiro "lar" do Homo sapiens fora da África.

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Há cerca de 60 mil a 70 mil anos, o Homo sapiens começou deixar o continente africano e se espalhar pelo mundo. No entanto, até agora existiam poucas evidências do que tinha acontecido depois disso.

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Os cientistas fizeram uso de evidências da genética e estudo de fósseis para entender ecossistemas antigos e chegar até as descobertas do estudo, que foi publicado na revista Nature Communications.

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Com isso, os pesquisadores descobriram que o Planalto Persa foi crucial para os primeiros humanos que saíram da África.

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Por cerca de 20 mil anos, estima-se que essa região pode ter sido um local importante para a população humana crescer e se desenvolver antes de se espalhar pela Eurásia e outros lugares.

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Ou seja, a descoberta mostra que os ancestrais de todas as pessoas que não são africanas hoje em dia viveram no Planalto Persa.

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Em resumo, se você tem herança genética da Europa, Ásia, Américas ou Oceania, é provável que alguns dos seus ancestrais tenham vivido bastante tempo nessa região.

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Rodeado pelo Mar Cáspio, pelo Golfo Pérsico e pelo Mediterrâneo, o Planalto Persa é uma vasta região elevada localizada no sudoeste da Ásia.

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A posição privilegiada da região era ideal por ser um ponto de partida para muitas migrações em direção à Eurásia.

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"A descoberta elucida uma porção de 20.000 anos da história do Homo sapiens fora da África[...] e lança luz sobre as relações entre várias populações euroasiáticas, fornecendo pistas cruciais para entender a história demográfica de nossa espécie na Europa, no Leste Asiático e na Oceania", disse Leonardo Vallini, primeiro autor do estudo e pesquisador da Universidade de Pádua, na Itália.

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Os pesquisadores estudaram o DNA de populações pré-históricas e modernas e descobriram que aqueles que viviam perto do Planalto Persa têm conexões familiares próximas com os primeiros que saíram da África.

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Os cientistas também usaram um modelo para recriar as condições daquele ambiente na época e conseguiram provar que essa região era mais "favorável" do que outros lugares para os que saíram da África naquela época.

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Os pesquisadores afirmam que o estudo destaca a importância de continuar as escavações arqueológicas no Planalto Persa. Isso ajudaria a entender melhor a história da região e da humanidade como um todo. Descubra mais sobre o Planalto Persa!

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O Planalto Persa compõe a maior parte do território iraniano, definindo sua topografia montanhosa e clima árido. O lugar foi o lar de grandes impérios da antiguidade, como o Império Aquemênida (Persa), que influenciou profundamente a cultura e identidade iraniana.

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Essas e outras civilizações deixaram um legado duradouro, incluindo a arquitetura impressionante, como as antigas cidades de Persépolis e Pasárgada, e a arte e literatura persas.

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Além de abranger grande parte do território do Irã, o Planalto Persa engloba porções menores do Afeganistão, Paquistão, Turcomenistão e Azerbaijão.

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A conexão entre o Planalto Persa e o Irã é profunda e histórica. A região foi o berço de diversas civilizações antigas, incluindo a dos persas, que deram origem ao nome "Pérsia", utilizado para se referir ao Irã até 1935.

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A rica história do Planalto Persa se reflete na cultura iraniana, com elementos como a língua persa, a culinária e as tradições folclóricas.

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O Zoroastrismo, por exemplo, religião oficial do Império Persa, ainda é praticado por uma minoria no Irã, demonstrando a herança cultural do planalto.

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Hoje o Irã conta com uma população majoritariamente jovem de mais de 87 milhões de pessoas. A capital, Teerã (foto), é uma metrópole moderna e cosmopolita, enquanto cidades como Isfahan e Shiraz guardam um rico legado histórico.

Foto: wikimedia commons

A população do Irã é predominantemente composta por persas, mas também inclui várias outras etnias, como curdos, árabes e turcomanos. A língua oficial é o persa, e a maioria da população pratica o islamismo xiita, que é a religião oficial do país.

Foto: sina drakhshani Unsplash

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Foto: wikimedia commons MUSE