Pesquisadores descobriram na Austrália uma nova espécie de formiga que eles classificaram como "fantasmagórica". Ela é da classe Leptanilla, com ferrão bem forte. As formigas estavam no subsolo de Pilbara, região árida que fica no noroeste do país.
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Esbelta, com pernas finas e mandíbulas longas e afiadas, a formiga recebeu o sugestivo nome de Leptanilla voldemort, em homenagem ao vilão da saga Harry Potter. É que o inseto é tenebroso: tem o hábito de caçar à noite e seu ferrão poderoso é capaz até de imobilizar presas grandes, como centopeias.
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Com apenas 2 milímetros (tamanho degrão de areia), ela tem coloração que age como camuflagem. Ela cava e se move com desenvoltura no subsolo dificultando sua localização. Das cerca de 15 mil espécies de formigas do planeta, apenas 60 são da classe Leptanilla. Mas do novo tipo Voldemort, só dois espécimes foram encontrados nessa pesquisa.
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Segundo a Nasa, são moléculas simples de ácido fórmico, que causa a queimação associada às picadas do inseto. Também foram encontrados dióxido de enxofre, metano e formaldeído. Para os cientistas, compostos sulfurosos como o dióxido de enxofre podem ter sido determinantes para a formação da vida na Terra.
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A notícia chamou atenção para um inseto que, segundo pesquisa publicada no The Conservation, um portal de notícias com base acadêmica, é miúdo, mas se espalha de tal forma pelo planeta que ganha um gigantismo: a formiga.
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Eles estimam que, no planeta, existam 20 quatrilhões de formigas. Isso mesmo: 20.000.000.000.000.000 (20 seguido de 15 zeros). E as formigas desempenham papel fundamental na natureza.
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Vamos, então, a algumas curiosidades sobre as formigas. Elas dispersam sementes e arejam o solo, para que os nutrientes cheguem até as raízes. Também decompõem matéria orgânica e criam habitat para outros animais.
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Estudos mostram que as formigas podem ser mais eficazes do que pesticidas na agricultura. Como também são predadoras, conseguem afastar certos insetos que se tornariam pragas nas áreas de produção de alimentos.
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As formigas também são fundamentais para a preservação de algumas espécies. Há pássaros, por exemplo, que dependem das formigas para expulsar suas presas.
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Milhares de plantas alimentam ou abrigam formigas em troca de proteção ou dispersão de suas sementes. Por terem um alto grau de organização, elas estão em todas as partes do mundo, colonizando todos os ecossistemas, exceto nos polos. Elas se espalham por florestas, desertos, pastagens e áreas urbanas, entre outros habitats.
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Mas as formigas proliferam com maior intensidade nas regiões tropicais. Elas vivem no solo, no subsolo e nas árvores.
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Para chegar ao número estimado de formigas no planeta, os pesquisadores lançaram mão de 489 estudos de populações de formiga conduzidos por cientistas em vários países.
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Os pesquisadores que deram essas informações são Mark Wong, Benoit Guénard e Runxi Wang, de Hong Kong; François Brassard, da Austrália; Patrick Schultheiss e Sabine Nooten, da Alemanha.
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As formigas geralmente se comunicam por meio de substâncias química chamadas feromônios. Elas formam colônias, chamadas de formigueiros, que abrigam milhares, às vezes milhões, de formigas. São estruturas altas, mas, geralmente, o ninho fica no subsolo.
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As rainhas são responsáveis pela reprodução da espécie, já que são elas que acasalam e põem os ovos. Os machos não realizam nenhuma atividade no formigueiro e servem apenas para o acasalamento com as rainhas.
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Já as operárias são maioria. Elas não acasalam, pois são estéreis. Cuidam da rainha e de suas crias, saem à procura de alimento e defendem o ninho contra invasores.
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O tempo de vida das formigas varia. As operárias vivem entre 3 meses e 3 anos. As rainhas podem chegar a 20 anos. Os machos morrem após a cópula.
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As formigas conseguem carregar até 50 vezes o seu próprio peso. Seu tamanho oscila de 1,6 mm a 5 cm. Elas possuem duas antenas para tatear, cheirar e sentir o gosto; também há mandíbulas para cortar, pegar e triturar alimentos, cavar, apertar o inimigo até a morte.
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Algumas formigas são carnívoras e atacam aranhas, baratas e cupins, entre outros. Mas também há formigas que se alimentam de açúcar presente no néctar e na seiva das plantas.
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Em contato com os pulgões, como na foto, as formigas os estimulam com as antenas e fazem com que eles excretem gotas de um líquido que elas ingerem e armazenam no estômago.
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Algumas formigas usam a saliva para colar detritos de folhas, grãos de areia e outros materiais em seu ninho. Mesmo sendo um bicho minúsculo, existem tantas que a massa corporal, juntando todas, representa 1/5 do peso de todas as pessoas no mundo.
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Como existem 7,7 bilhões de habitantes na Terra, estima-se, então, que existam 2,5 milhões de formigas para cada ser humano na Terra.
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