A iniciativa visa não só revolucionar a logística no país, mas também reduzir congestionamentos e emissões de gases poluentes.
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O projeto prevê o uso de faixas adicionais, canteiros centrais e até estruturas subterrâneas, permitindo que essas cápsulas circulem sem interferir no trânsito regular.
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Depósitos automatizados ao longo da rota realizarão carregamento e descarregamento de mercadorias de forma autônoma, utilizando empilhadeiras automáticas e drones.
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Segundo uma estimativa do Ministério da Terra, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão, até 2030 o país terá uma queda de 34% na capacidade de transporte em razão da aposentadoria de motoristas e escassez de novos profissionais.
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A construção de um trecho experimental de 500 km entre Tóquio e Osaka está prevista para 2027, e a plena implementação para a década de 2030.
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Quarta maior economia do mundo atualmente, o Japão vê a expectativa de vida aumentar constantemente acompanhada de uma queda acentuada na taxa de natalidade.
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Em 2024, outro problema vem assolando o país por conta da crise populacional: o número recorde de nove milhões de casas abandonadas.
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No país asiático, essas residências desocupadas são denominadas de “akiya”, termo que se referia às construções em áreas rurais.
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De acordo com dados do Ministério de Assuntos Internos e Comunicação do Japão, 14% dos imóveis residenciais do país estão "às moscas".
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Cada vez mais são encontradas “akiya” em grandes centros urbanos, como na própria capital Tóquio.
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“Esse é um sintoma do declínio populacional do Japão”, destacou à CNN Jeffrey Hall, professor da Universidade Kanda de Estudos Internacionals, na província de Chiba.
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“Não é um problema de construir muitas casas, mas de não ter gente suficiente mesmo”, completou o acadêmico.
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Por tradição, as "akiya" costumam ser herdadas e isso explica parte do problema. Com a queda nas taxas de natalidade, há muitos casos em que não há uma nova geração para receber o imóvel.
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Em relação às moradias nas áreas rurais, ainda há cada vez mais casos de herdeiros desinteressados em permanecer nessas localidades, preferindo migrar para grandes centros urbanos.
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Segundo especialistas ouvidos pela CNN, ainda há um aspecto financeiro contribuindo para essa realidade do aumento de residências abandonadas.
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Muitos proprietários optam por não modernizar os imóveis porque fica mais barato mantê-los, ainda que envelhecidos.
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Uma consequência problemática do fato de haver tantas casas abandonadas é o aumento dos riscos à segurança em situações de desastres naturais.
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Como o Japão é muito suscetível a terremotos e tsunamis, a falta de manutenção de tantos imóveis torna mais complexas as operações de resgate e reconstrução de cidades.
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Existem ainda os riscos sociais associados à segurança pública e à preservação do meio ambiente. É um quadro que pode deteriorar a qualidade de vida nessas cidades.
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Estudiosos da Universidade de Tóquio dizem que é preciso haver políticas públicas que aproveitem os espaços ocupados por essas casas abandonadas para criar novas estruturas que tragam proveito à comunidade.
Foto: Reprodução de vídeo CBS NEWS
O Ministério de Assuntos Internos do Japão divulgou relatório em julho de 2023 apontando que todas as 47 prefeituras do país tiveram redução populacional no ano anterior.
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Em um ano, a população japonesa sofreu redução de 800 mil pessoas, totalizando 125,4 milhões de habitantes.
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Os dados oficiais mostram que o Japão acumula sequência de oito anos seguidos com redução populacional.
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O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, descreveu a situação como crítica. Porém, o país ainda tem fracassado nas tentativas de estimular o aumento na taxa de natalidade.
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