Cristais alcançam 58°C em caverna no México: visita tem que ser relâmpago ou mata

Imagine uma caverna com cristais gigantescos, mas perigosa o suficiente para não receber turistas e com um cenário que parece de outro planeta.

Foto: Beverly Mixon por Pixabay

Ela é chamada de "Capela Sistina dos Cristais"! E fica localizada em Naica, em Chihuahua, no México.

Foto: wikimedia commons MikSed

A caverna fica numa profundidade de cerca de 300 metros, ligada a uma mina de chumbo, zinco e prata. E conta com cristais tão grandes quanto árvores.

Foto: reprodução youtube history

A Caverna dos Cristais foi descoberta acidentalmente em 2000, por irmãos que exploravam um poço de mina.

Foto: reprodução

Ao entrar, encontraram uma câmara lotada de cristais brancos leitosos. O maior tem 11m de comprimento e 1m de largura.Desde então, o local se tornou objeto de intensas pesquisas científicas, que buscam desvendar os segredos da formação desses cristais gigantes e as condições extremas que permitiram sua preservação.

Foto: Alexander van Driessche wikimedia commons

Esses cristais são feitos de gesso selenito, que é um tipo de mineral sulfato formado a partir de sais dissolvidos nas águas subterrâneas.

Foto: wikimedia commons Oliodisemini

Desde que a mineração começou em 1974, várias cavernas de cristais foram descobertas, mas essa continua sendo uma das mais populares.

Foto: wikimedia commons Rocker1984

Ela tem a forma de uma ferradura, mede 110 metros de diâmetro e tem um volume de 6 mil metros cúbicos (mais que o dobro do tamanho de uma piscina olímpica).

Foto: reprodução Proyecto Naica

Os cientistas calculam que a caverna se formou há cerca de 26 milhões de anos, devido a uma falha geológica acima de um reservatório de magma, a 5 km de profundidade.

Foto: wikimedia commons Albert Vila

Eles acreditam que os cristais se formaram por conta da água extremamente quente que entrou na caverna e depositou minerais que se cristalizaram ao longo dos anos.

Foto: reprodução youtube history

Apesar de ser bonito, o lugar pode ser extremamente perigoso para quem o visita. A temperatura dentro da caverna oscila em torno de 50°C, com picos de até 58°C, e a umidade chega a bater 99%.

Foto: reprodução youtube history

Os cristais são tão quentes que não podem ser tocados sem proteção nas mãos; alguns são afiados como lâminas.

Foto: reprodução Proyecto Naica

Outro detalhe é que se alguém ficar dentro da caverna sem equipamento de segurança por mais de 10 minutos, pode desidratar gravemente.

Foto: reprodução Proyecto Naica

Além disso, o piso fica muito escorregadio devido à umidade, por isso há risco frequente de quedas na caverna.

Foto: reprodução Proyecto Naica

Os exploradores acreditam que existem outras salas, tanto abaixo quanto à frente da Caverna dos Cristais. No entanto, não é possível explorá-las porque teriam que destruir os cristais que já estão lá.

Foto: reprodução youtube history

Em 2015, a mineração parou e as bombas que tiravam a água foram desligadas, para que os cristais voltem a ficar debaixo d'água.

Foto: reprodução youtube history

Embora a água ainda não tenha alcançado o nível da caverna, os turistas não podem visitá-la por causa do perigo de os cristais caírem e outros problemas de segurança.

Foto: reprodução

A caverna recebeu o nome de "Capela Sistina" devido à semelhança dos cristais com colunas e esculturas da famosa capela do Vaticano.

Foto: FSU Guy - Wikimédia Commons

Além disso, acredita-se que as condições da Caverna dos Cristais possa contribuir para o desenvolvimento de novas técnicas de exploração espacial, pois cientistas creem que ambientes semelhantes podem existir em outros planetas.

Foto: reprodução youtube history

Por causa dos tamanhos dos cristais, é possível até andar sobre eles. Agrupados ou isolados, a sensação é que o lugar parece de outro mundo.

Foto: reprodução Proyecto Naica

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Foto: Beverly Mixon por Pixabay