'Dom Quixote': Quatro séculos de uma obra-prima para a eternidade
O famoso livro "Dom Quixote" está prestes a completar 420 anos desde a sua primeira edição. Isso vai ocorrer no dia 16/1/2025.
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No início do século XVII, em 1605, em Madri, na Espanha, saiu a primeira edição de "Dom Quixote", com 126 capítulos, divididos em duas partes.
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O nome original da primeira edição chama-se "El ingenioso hidalgo Don Quixote de La Mancha". A tradução em português seria "O Engenhoso Cavalheiro Dom Quixote de La Mancha"
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A segunda parte do livro "Dom Quixote" foi lançada apenas dez anos depois, em 1615.
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O mundialmente famoso livro "Dom Quixote" foi escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes. Ele nasceu em 29 de setembro de 1547, em Alcalá de Henares, e morreu em 22 de abril de 1616, em Madri.
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Miguel de Cervantes foi um romancista, dramaturgo e poeta espanhol, mas sua grande obra foi mesmo "Dom Quixote. Com esse livro, o autor entrou para a história da literatura espanhola e ocidental.
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Sua influência sobre a língua foi tanta que o castelhano é comumente chamado de "La lengua de Cervantes" (A língua de Cervantes, em português).
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"Dom Quixote" é uma das obras-primas da literatura espanhola e universal e também um dos livros mais traduzidos do mundo, em cerca de 145 idiomas.
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Ao que tudo indica, a inspiração de Miguel de Cervantes para escrever "Dom Quixote" se originou do chamado "Entremez dos romances", peça espanhola de 1612 na qual estudiosos identificaram algumas semelhanças com a narrativa de Cervantes.
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"Dom Quixote" surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis.
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Em "Dom Quixote", o protagonista - um fidalgo castelhano - perde o juízo ao se entregar à leitura desses romances, acreditando que tenham sido historicamente verdadeiros, decidindo se tornar um cavaleiro andante.
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O pequeno fidalgo, já de uma certa idade, abandonou sua esposa e partiu pelo mundo, como fez Dom Quixote, vivendo seu próprio romance de cavalaria.
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A história no livro "Dom Quixote" é apresentada sob a forma de novela realista.
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Cervantes - enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura - satiriza os preceitos que estavam nas histórias fantasiosas dos heróis.
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Ao lado de Dom Quixote está Sancho Pança, seu fiel amigo e companheiro nas aventuras, mas que tem uma visão mais realista.
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As figuras de Dom Quixote, Sancho Pança e do cavalo de Dom Quixote - Rocinante - rapidamente conquistaram a imaginação popular.
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A história de Dom Quixote, Sancho Pança e Rocinante extrapolou os limites da literatura se estendendo para outras artes, como teatro, pinturas, esculturas e cerâmicas.
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No cinema, são várias adaptações da obra, como filmes ou animações. Diversos cineastas e criadores se aventuraram na tentativa de retratar no telão as loucuras do personagem.
Foto: Reprodução de capas de filmes
Uma das versões mais conhecidas é assinada por Terry Gilliam, famoso por ter integrado o Monty Python. Nesse filme, Jonathan Pryce vive Quixote enquanto Adam Driver é Sancho Pança.
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Nas artes plásticas, há diversas pinturas que retratam o cavaleiro e seu escudeiro. Por encomenda do editor José Olympio, o genial brasileiro Cândido Portinari fez uma série de ilustrações inspiradas na obra.
Foto: Reprodução da ilustração editora José Olympio
Um dos grandes momentos de "Dom Quixote" é a luta do herói contra 30 moinhos de vento, que imaginava serem gigantes.
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"Lutar contra moinhos de vento", inclusive, se tornou uma expressão popular com o sentido de atacar inimigos imaginários.
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A primeira edição em língua portuguesa de "Dom Quixote" surgiu apenas em 1794. A primeira edição brasileira teve lançamento em 1952.
Foto: Miguel de Cervantes Saavedra/Wikimedia Commons
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