5 mitos que atrapalham o aprendizado da criança

Especialista detalha 5 neuromitos

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O que são neuromitos?

São teorias sobre o cérebro sem base em evidências neurocientíficas suficientes ou sem o consenso da neurociência, segundo o livro 'Neuro Papo', das autoras Alcione Marques e Adriana Fóz. A primeira menção ao termo foi feita na década de 1980 pelo neurocirurgião Alan Crockard.

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Definição

Em 2002, um projeto da OCDE definiu o termo como: "um equívoco, gerado pelo entendimento, leitura ou citação incorreta de fatos cientificamente estabelecidos pela pesquisa sobre o cérebro, para utilização na educação e em outros contextos".

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Impactos

Quando aplicadas na sala de aula, essas teses que não procedem podem impactar de forma negativa na aprendizagem, especialmente em níveis pré-escolar e fundamental. A pesquisadora Adriana Fóz detalha 5 neuromitos que impactam a educação escolar.

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1 - Estilos de aprendizagem

Segundo esse neuromito, alunos têm diferentes estilos preferenciais de aprendizagem: visual, auditivo ou cinestésico. Um estudante visual, por exemplo, aprenderia mais eficiência com imagens. No entanto, poucos estudos testaram isso, e, entre os que o fizeram, a maioria não encontrou conexão entre modalidade e desempenho.

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2 - Bilinguismo

Um dos neuromitos sobre o tema é de que aprender um 2º idioma deve acontecer nos primeiros anos de vida, quando a criança teria uma "janela de oportunidade". Depois, ela enfrentaria dificuldade. Porém, já é consenso na neurofisiologia e neurociência que um cérebro saudável diminui, mas nunca perde a capacidade de se reorganizar.

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3 - Uso do cérebro

Estudos mostram que professores ao redor do mundo acreditam que o ser humano usa apenas 10% do cérebro. No entanto, o consenso científico é de que as pessoas usam todo o cérebro o tempo todo, ainda que nem todos os neurônios estejam ativando conexões a todo momento.

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4 - Adolescência

Outro neuromito é de que o adolescente é mais "irracional" e "impulsivo". No entanto, além de uma exposição maior a vulnerabilidades, na adolescência a plasticidade cerebral relativa ao controle cognitivo e ao desempenho da memória pode aumentar, o que abre oportunidade para aprendizados. Esses adjetivos deveriam ser substituídos por "potente".

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5 - Ambientes enriquecidos

A partir de uma pesquisa com roedores, foi propagada uma crença de que ambientes "enriquecidos" aumentariam a conectividade cerebral e produziriam alunos mais inteligentes. Mas, conforme o experimento, seria mais preciso dizer que, abaixo de certo limite de riqueza ambiental, o cérebro de um bebê provavelmente seria prejudicado.

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