5 vencedores do Nobel estudaram em universidade argentina que ficou às escuras
UBA é conhecida por excelência na formação
Foto: Alexander Mahmoud/Nobel Foundation
Conheça a UBA
Maior universidade do país, a instituição pública foi fundada em 1821 e está entre as 100 melhores de todo o mundo. Não é preciso vestibular para ingressar lá, mas é preciso atender à documentação solicitada pela área de interesse.
Crise recente
A instituição passou por uma situação vexatória ao ficar sem energia elétrica por falta de pagamento. A situação levou milhares de argentinos às ruas contra a "motosserra do presidente". A emergência orçamentária foi suspensa nesta quarta, 15.
Alunos importantíssimos
De advogado a médico, e de bioquímico a diplomata, a UBA teve alunos prestigiados. Além de 16 ex-presidentes argentinos, ex-alunos da instituição venceram diferentes prêmios Nobel. Confira!
O oligarca
Carlos Saavedra Lamas foi o primeiro latino-americano a ganhar o Nobel da Paz. Formado em direito pela UBA, ele integrou a oligarquia argentina no início do século 20. O Nobel veio após a mediação entre Bolívia e Paraguai, que pôs fim à Guerra do Chaco (1932–1935). Ele morreu em 1959.
Foto: Arquivo/Nobel Foundation
O farmacêutico
Bernardo Houssay ganhou o Nobel na área de Medicina e Fisiologia, em 1947, pela descoberta de uma glândula endócrina no cérebro que metaboliza carboidratos e está ligada ao diabetes. O farmacêutico fez parte do corpo docente da UBA em diferentes momentos no século 20, até morrer, em 1971.
Foto: Eduardo Comesaña/Getty Images
O francês
Luis Federico Leloir chegou à Argentina aos 2 anos com a família. Formado em medicina em 1932, foi aluno de Bernardo Alberto Houssay. O Nobel de Química veio em 1970, com a descoberta da glicoproteína que causa a galactosemia, doença que matava crianças por intolerância à lactose. Ele morreu em 1987.
Foto: Keystone/Hulton Archive
O pacifista
De todos os laureados, Adolfo Pérez Esquivel talvez seja o que teve menos contato com a UBA. Aluno discreto, ele se formou em arquitetura e ganhou destaque na luta pelos direitos humanos. Os esforços foram reconhecidos em 1980, ao ganhar o Nobel da Paz.
Foto: Ricardo Ceppi
O cientista
César Milstein ganhou o Nobel de Medicina e Farmacologia em 1984, com estudo sobre a estrutura dos anticorpos, que defendem o organismo de elementos desconhecidos. Formado em química, nos anos 1950, foi impedido de trabalhar pela ditadura argentina. Ele morreu em 2002, no Reino Unido.
Foto: Arquivo/ Nobel Foundation
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Foto: Igor Golovniov/SOPA Images/LightRocket