Ficção ou realidade?
Personagens que morrem misteriosamente por ingerir veneno a partir das páginas de um livro não são apenas elementos de ficção. A inspiração é baseada em um fato real: alguns livros produzidos na Europa e nos EUA, no século XIX, contêm substâncias tóxicas em suas folhas e capa.
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Nada de vingança!
Seria, então, a leitura uma atividade de risco? Brincadeiras à parte, os livros com "veneno" em suas páginas não fazem parte de um plano sórdido de vingança, mas decorrem do uso de substâncias tóxicas em sua fabricação.
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Tintas tóxicas
Chumbo, mercúrio e arsênico são alguns dos componentes encontrados nessas publicações do século XIX. Essas substâncias eram utilizados para criar pigmentos de cor das tintas utilizadas nas prensas - máquina utilizada para a produção de livros e jornais.
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Pesquisa universitária
O Poison Book Project (Projeto do Livro Envenenado, em tradução livre) é um grupo de pesquisa da Universidade de Delaware, nos EUA, dedicado a investigar o uso potencialmente tóxico de metais pesados na composição e encadernação de livros europeus e norte-americanos, do século XIX.
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Quantos existem?
Os pesquisadores relataram ter encontrado 313 exemplares com substâncias tóxicas. O chumbo, presente em diferentes cores de tintas da época, é o principal material encontrado nos livros. No entanto, outra substância ainda mais perigosa também chamou a atenção dos pesquisadores: o arsênico.
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Verde-esmeralda
A pesquisa identificou que o tom verde esmeralda, popular em encadernações da Era Vitoriana, era feito à base de arsênico. O problema é que o contato com o arsênico pode provocar riscos à saúde, até mesmo um lento envenenamento.
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Cuidado no manejo
"Esses livros apresentam risco à saúde de bibliotecários, livreiros, colecionadores e pesquisadores, e devem ser identificados, tratados e armazenados com cautela", afirmam os pesquisadores. Ou seja, é importante identificar essas obras e manejá-las da forma correta.
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A leitura segue sendo uma forma de aprendizado, lazer e propagação do conhecimento. Vale lembrar que os livros potencialmente perigosos foram identificados fora do Brasil e produzidos há mais de 200 anos. A lista de livros contaminados com arsênico que foram identificadas pelo projeto está disponível no link abaixo.
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