Heróis da Tragédia dos Andes: o acidente que virou filme
Foto: Reprodução YouTube Aviões e Músicas
O drama começou há 50 anos, no dia 13/10/1972. Jogadores de rugby do Colégio Stella Maris, integrantes do time Old Christians Club, pegaram o voo 571, no aeroporto El Plumerillo, em Mendoza (Argentina), rumo a Santiago do Chile.
Foto: Reprodução YouTube Aviões e Músicas
Eles haviam embarcado na véspera, no Aeroporto de Carrasco, em Montevidéu, mas, por causa do mau tempo, foi necessário fazer escala na Argentina, para evitar a travessia da Cordilheira dos Andes em condições adversas.
Foto: Robert Morrow wikimedia commons
A viagem era num avião Fairchild FH-227, da Força Aérea Uruguaia. A aeronave tinha 40 passageiros e 5 tripulantes.
Foto: Reprodução YouTube Aviões e Músicas
Com tempo ruim e baixa visibilidade, os pilotos dependiam dos instrumentos. Por erro de cálculo, e não levando em conta a força dos ventos, eles se encontravam bem longe de onde achavam que estariam.
Foto: Simulação - Reprodução YouTube The History Channel
O canal Aviões e Músicas, do YouTube, mostrou no mapa a dimensão do equívoco. Em vermelho, a rota planejada. Em laranja, o desvio involuntário: 50 km mais ao norte do que deveriam. Os pilotos não tinham ideia de onde estavam.
Foto: Reprodução Youtube Aviões e Músicas
Ao perceberem a proximidade das montanhas, eles tentaram elevar o avião, mas já era tarde. A 4.400 m, a cauda bateu num pico. Em seguida, a asa direita se desprendeu; depois a esquerda. O charuto do avião se arrastou pela encosta e bateu num banco de neve.
Foto: Simulação - Reprodução YouTube The History Channel
Neste momento, havia 32 sobreviventes. Mas vários com ferimentos graves. Já na primeira noite, outros 4 morreram.
Foto: Reprodução YouTube - wikimedia commons
A esperança era de que o resgate chegasse logo. Mas como os destroços estavam bem longe da rota planejada, as buscas eram inúteis. E, após uma semana, foram suspensas.
Foto: Reprodução YouTube The History Channel
Os sobreviventes tiveram que aprender a derreter neve para produzir água e usar forro de assentos do avião para fazer abrigos precários. Quando a comida acabou, eles tiveram que tomar a difícil decisão de comer a carne dos mortos para sobreviver.
Foto: Reprodução YouTube The History Channel
Pouco a pouco, mais pessoas morriam. No dia 29/10, uma avalanche soterrou a fuselagem e oito sucumbiram. Em meados de dezembro, só havia 16 sobreviventes. Ao fazerem caminhadas em busca de um horizonte, só viam montanhas gigantescas cobertas de neve.
Foto: Reprodução YouTube Aviões e Música
O alpinista Ricardo Peñas liderou uma expedição para documentar a rota de fuga dos sobreviventes e fez descobertas no local do acidente. Seus registros mostram as paisagens desoladoras vistas pelos sobreviventes ao redor da aeronave.
Foto: Reprodução YouTube Aviões e Músicas
Dois meses após o acidente, sem a menor esperança de resgate, Roberto Canessa e Fernando Parrado se aventuraram na direção oeste, dispostos a andar o quanto fosse preciso em busca de socorro.
Foto: Reprodução YouTube Aviões e Músicas
Sem qualquer experiência, eles subiram a montanha e se depararam com uma vista desanimadora (foto). Não sabiam, mas estavam na fronteira de Chile e Argentina. Após percorrerem 60 km, numa semana inteira de caminhada exaustiva, encontraram um rio formado pelo degelo da neve. E seguiram seu curso.
Foto: Reprodução YouTube Aviões e Músicas
Finalmente, viram homens na margem oposta do rio e sinalizaram. Como o barulho da correnteza não permitia a comunicação falada, o vaqueiro Sérgio Catalán amassou um papel, amarrou um lápis e atirou para que eles escrevessem uma mensagem. Parrado contou que precisavam de socorro.
Foto: Reprodução YouTube Aviões e Músicas
O vaqueiro Sérgio ficou com Roberto e Fernando, enquanto seus colegas partiram para um posto da polícia. E a 67ª missão de busca, dessa vez, não tinha como dar errado. Fernando e Roberto eram os guias.
Foto: Domínio público
Catalán morreu aos 91 anos, em 11/2/2020. Na imagem, o reencontro dele, já idoso, com o sobrevivente Gustavo Zerbino.
Foto: Reprodução vídeo Subrayado
Hoje, Roberto Canessa tem 70 anos (feitos em 17 de janeiro de 2023). Ele é médico e cirurgião.
Foto: Reprodução Instagram
Fernando Parrado tem 73 anos (feitos em 9 de dezembro). Ele é empresário, produtor, apresentador, conferencista e escritor.
Foto: domínio público
A tragédia já inspirou vários filmes e documentários. O mais famoso deles,"Vivos", foi lançado em 1993, com narração de John Malkovich. O ator Josh Hamilton interpretou Canessa. Ethan Hawke fez o papel de Fernando Parrado.
Foto: Divulgação
Na memória, a vitória da perseverança, da fé na sobrevivência, do esforço sobre-humano para não sucumbir diante de adversidades extremas. Debilitados, sobreviventes receberam os primeiros socorros.
Foto: Reprodução YouTUbe The History Channel
Aliviadas, as famílias reencontraram seus parentes, que, para muitos, já tinham sido dados como mortos. Na foto, Gustavo Zerbino, após ser resgatado, reencontra a mãe
Foto: Reprodução Planeta Extremo TV Globo
Sobreviveram 16 das 45 pessoas que estavam a bordo. O resgate no dia 23/12/1972 foi um renascimento para todos. Um segundo aniversário. Eles estavam desidratados, desnutridos, alguns com queimaduras, escorbuto e ossos quebrados.
Foto: Reprodução YouTube The History Channel
O local da tragédia tem um memorial, visitado por alpinistas e documentaristas em busca de filmagens sobre um dos episódios mais impressionantes da história.
Foto: Domínio público
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Foto: Reprodução YouTube Aviões e Músicas