Maior cachoeira do mundo fica debaixo d'água; veja como isso é possível

Foto: Fonte: Universidade de Barcelona.

A maior cachoeira do mundo não está na superfície, mas, sim, dentro do oceano. As pessoas perguntam: como é possível? Trata-se de uma imensa queda d’água submersa que surpreende quem nunca imaginou que isso pudesse ocorrer.

Foto: Fonte: Universidade de Barcelona.

O fenômeno intrigante se desenvolve no Estreito da Dinamarca, entre a Islândia e a Groenlândia, no Atlântico Norte.

Foto: Universidade de Barcelona

Um grupo de cientistas liderados pela Universidade de Barcelona partiu em uma expedição em 2023 para estudar essa enorme cachoeira submersa.

Foto: Reprodução de vídeo La Sexta

O projeto, denominado FAR-DWO, reuniu cientistas da Universidade de Barcelona, do Instituto de Oceanografia e Mudanças Globais da Universidade de Las Palmas, do Instituto Francês de Pesquisa e Exploração do Mar e de outras instituições de estudo da Europa.

Foto: Universidade de Barcelona

De acordo com o comunicado dos cientistas, a cachoeira submarina tem mais de três quilômetros de altura.

Foto: Reprodução/Youtube

Ela transporta enorme volume de água, superando os três milhões de metros cúbicos por segundo.

Foto: Reprodução/Youtube

A cachoeira do Estreito da Dinamarca é quase três vezes mais alta que a de Salto Ángel, na Venezuela, que, com 979 metros de altura, é a mais elevada queda d’água ininterrupta sobre a terra (foto).

Foto: Paulo Capiotti/Wikimedia Commons

A corrente do Estreito da Dinamarca forma-se no Ártico com o esfriamento das águas superficiais que, ao adquirirem densidade, percorrem a topografia do fundo do mar.

Foto: Universidade de Barcelona

A formação dessa impressionante queda d’água dentro do próprio oceano deve-se ao relevo do Estreito da Dinamarca.

Foto: Universidade de Barcelona

Em poucos quilômetros, a profundidade passa de 500 metros para mais de três mil metros, acelerando a corrente e a transformando em uma cascata monumental.

Foto: Reprodução/Youtube

A monumental cachoeira submarina no Atlântico Norte chega a 160 km de largura.

Foto: - Reprodução/Youtube

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), o fenômeno da cachoeira submersa ocorre pelo encontro de águas frias e quentes no mar de Irminger.

Foto: Reprodução/Youtube

Por ter maior densidade, a água fria é forçada para baixo da água quente e flui por um grande elevação formando essa queda d’água enorme (na imagem, um gráfico com a explicação em inglês).

Foto: Reprodução/NOAA

Membros da equipe de estudos da Universidade de Barcelona, David Amblàs e Anna Sanchez-Vidal afirmaram que um dos focos da expedição foi avaliar como esse fluxo acelerado de água pode modificar o relevo da região a partir do transporte de sedimentos.

Foto: Arenagamma/Wikimédia Commons

A bordo do navio oceanográfico Sarmiento de Gamboa, os cientistas navegaram entre julho e agosto de 2023 para estudar também outros aspectos da catarata do Estreito da Dinamarca.

Foto: Universidade de Barcelona

“Nosso objetivo foi estudar os impactos de longo alcance dos densos transbordamentos de água no Atlântico Norte”, afirma o documento com relatos da expedição.

Foto: Universidade de Barcelona

Os cientistas destacaram que o aquecimento global desfavorece o fenômeno das cachoeiras submarinas.

Foto: Universidade de Barcelona

O aumento da temperatura do oceano reduz a formação de gelo marinho e a quantidade de água gelada que, por sua densidade, flui pelas profundezas marinhas.

Foto: Universidade de Barcelona

“Um bom exemplo está na costa catalã, onde a diminuição do número de dias transmontanos no inverno no Golfo de Leão e no norte da costa catalã está a provocar um enfraquecimento deste processo oceanográfico, que é decisivo na regulação do clima e tem um grande impacto nos ecossistemas profundos", explicou Anna Sanchez-Vidal.

Foto: Universidade de Barcelona

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Foto: Fonte: Universidade de Barcelona.