Marcas de azeite são vetadas para consumo no Brasil; veja quais
Em uma publicação feita nesta quinta-feira (03/10), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil vetou a venda de 11 marcas de azeite de oliva consideradas inadequadas para consumo.
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Foram interditadas as seguintes marcas: Málaga, Rio Negro, Quinta de Aveiro, Cordilheira, Serrano, Oviedo, Imperial, Ouro Negro, Carcavelos, Pérola Negra e La Ventosa.
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Essa não é a primeira vez que o órgão proíbe marcas ou lotes de azeite comercializados no Brasil considerados impróprios para o consumo.
Foto: Flickr Joao Carlos Medau
No Brasil, segundo dados do Mapa, mais de 97,6 mil litros de azeite adulterado foram apreendidos somente no primeiro semestre de 2024.
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Esse volume representa um aumento de 17,7% em comparação com a quantidade total confiscada durante todo o ano de 2023.
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O Mapa alerta ainda que o azeite é o segundo alimento mais sujeito a fraudes no mundo, ficando atrás apenas dos produtos de pesca.
Foto: Reprodução site Oliveira da Serra
Por conta disso, é importante tomar cuidado na hora de sair comprar o produto. Para ajudar os consumidores a evitar enganos, a pasta recomenda as seguintes dicas:
Foto: Nathalia Cansancao Prioli - Flickr
Desconfie de preços significativamente inferiores à média do mercado; prefira produtos com a data de envase mais recente; fique atento à data de validade e à lista de ingredientes; sempre verifique a lista de produtos irregulares já confiscados pelo Mapa.
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A palavra "azeite" tem origem árabe e significa "suco de azeitona", o que torna essencial consumir o produto o mais fresco possível.
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Luz, oxigênio e calor são três dos principais fatores fatores que aceleram a deterioração de um azeite.
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A luz, aliás, é um dos motivos pelos quais os azeites costumam ser embalados em vidros escuros, que protegem da claridade — além das versões em lata.
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Segundo Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura e Pecuária, fraudes no azeite de oliva podem envolver diferentes substâncias, o que dificulta avaliar os riscos à saúde do consumidor.
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Um exemplo trágico ocorreu na Espanha, nos anos 1980, quando mais de mil pessoas morreram após consumir azeite adulterado, no episódio que ficou conhecido como "síndrome do azeite tóxico".
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Segundo Caruso, no Brasil é bastante frequente a adição de corantes e aromatizantes não autorizados em óleos, e os riscos desses produtos à saúde dos consumidores ainda são desconhecidos.
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Além disso, por ser considerado benéfico para o sistema circulatório, o azeite costuma ser recomendado por médicos para pacientes com problemas cardiovasculares.
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Com isso, pessoas que compram o produto com essa finalidade podem acabar prejudicando ainda mais sua saúde caso o azeite esteja adulterado.
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Os preços do azeite de oliva continuam altos tanto no Brasil quanto no exterior em 2024. Em Belo Horizonte, por exemplo, o custo da embalagem de 500 ml de azeite nas prateleiras ultrapassou R$ 50.
Foto: reprodução/x
No Rio Grande do Sul, a partir de janeiro de 2025 a alíquota interestadual do ICMS para o azeite de oliva produzido no estado sofrerá redução de 12% para 4% nas vendas para as regiões Sul e Sudeste, e de 7% para 4% para os demais estados.
Foto: Mapa/Divulgação
A Espanha, maior produtor mundial de azeite de oliva, também vem sofrendo com a alta nos preços do azeite. Esse aumento fez com que os consumidores optassem por alternativas mais em conta, como o óleo de girassol.
Foto: freepik rosalerosa
A alta nos preços do azeite tem sido impactada por fatores como as mudanças climáticas e a consequente redução da produção global, que provocaram um aumento médio global de 40% do produto nos últimos anos.
Foto: freepik
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Foto: Steve Buissine pixabay