Microburst derruba árvores gigantes na Amazônia; entenda o fenômeno

Um estudo publicado em novembro/24 pela revista American Geophysical Union, revelou que um "microburst" causado pelas mudanças climáticas tem derrubado árvores de grande porte na Amazônia.

Foto: Governo do Acvre wikimedia commons

Esse fenômeno tem causado um impacto direto na estrutura, na composição e no equilíbrio de carbono das florestas da região.

Foto: Shao wikimedia commons

O microburst, também chamado de microexplosão atmosférica, é um fenômeno caracterizado por uma corrente de vento extremamente forte que se desprende de uma nuvem de tempestade e desce com grande intensidade em direção ao solo.

Foto: Reprodução/David Urquiza

Apelidado também de "downburst", é considerado o oposto de um tornado, embora possua um poder destrutivo equiparável.

Foto: wikimedia commons Brian Wangrud

Esse evento consiste em uma massa de ar frio e denso que, ao atingir o solo, se espalha em todas as direções, gerando ventos intensos que podem alcançar grandes velocidades.

Foto: wikimedia commons A.O Mapping

De acordo com o estudo, as microexplosões atmosféricas estão se tornando mais frequentes na Amazônia nos últimos anos.

Foto: Reprodução do site fapeam.am.gov.br

Em 33 anos, foram identificados mais de 3 mil grandes episódios de queda de árvores provocados por ventanias intensas.

Foto: Divulgação Christian Braga - Greenpeace

Os resultados da pesquisa também revelam que a quantidade de árvores derrubadas por esses eventos aumentou quase quatro vezes entre 1985 e 2020.

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Esse fenômeno é mais frequente durante o verão, quando as temperaturas elevadas e a alta umidade criam condições ideais para a formação de nuvens de tempestade.

Foto: Enrique por Pixabay

Essas nuvens, que podem atingir altitudes de até 20 km, são capazes de gerar ventos extremamente fortes, conforme destaca o National Weather Service, dos Estados Unidos.

Foto: David Mark por Pixabay

Com os ventos podendo superar 200 km/h durante uma microexplosão atmosférica, árvores são derrubadas e até algumas construções podem sofrer estragos.

Foto: wikimedia commons Brian Wangrud

O evento é frequentemente acompanhado por um som alto e estrondoso, muitas vezes comparado ao barulho de um trem de carga.

Foto: wikimedia commons Couch-scratching-cats

Em outros cenários, o "microburst" representa um sério perigo para a aviação, pois pode provocar uma perda abrupta de sustentação durante as fases de decolagem e pouso.

Foto: Imagem de Gerhard por Pixabay

Em agosto/24, um dos mais renomados espetáculos aéreos dos Estados Unidos teve que ser cancelado devido à ocorrência desse fenômeno na Base Aérea de McConnell, no Kansas.

Foto: wikimedia commons Airman 1st Class Felicia Przydzial

A força dos ventos foi tão intensa que chegou a virar alguns aviões. Dez pessoas ficaram feridas.

Foto: reprodução

De acordo com a Base, todas as aeronaves presentes no evento sofreram algum tipo de avaria.

Foto: reprodução

No Brasil, o fenômeno já causou estragos também no Rio Grande do Sul. Em junho/24, uma microexplosão atingiu a área de São Luiz Gonzaga, no Noroeste do estado.

Foto: divulgação/Brigada Militar

Na ocasião, pelo menos 1,2 mil residências foram afetadas, impactando cerca de 15 mil pessoas.

Foto: BM/Divulgação

Construções foram destelhadas — incluindo o Museu Arqueológico —, postes derrubados e parte da cidade chegou a ficar sem luz.

Foto: Reprodução/Prefeitura de São Luiz Gonzaga

Neste caso, a microexplosão ocorreu devido à instabilidade gerada por uma frente fria, combinada com o fluxo de umidade vindo do norte do Brasil.

Foto: NASA/Divulgação

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Foto: Governo do Acvre wikimedia commons