Ministra do STF cobra respostas sobre assassinato de líder quilombola

Foto: Roberta Jaime/Superior Eleitoral Court - Wikimédia Commons

A presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, prometeu que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) seguirá empenhado em cobrar da polícia o esclarecimento sobre o assassinato de Maria Bernadete Pacífico.

Foto: Roberta Jaime/Superior Eleitoral Court - Wikimédia Commons

A líder quilombola e ialorixá foi assassinada na noite do dia 17 de agosto, em casa, quando via TV, diante dos netos.

Foto: Divulgação/Conaq

O crime aconteceu dentro do Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho, na Bahia.

Foto: Reprodução

Bernadete Pacífico, de 72 anos, era coordenadora nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) e liderava o Quilombo Pitanga dos Palmares.

Foto: Reprodução/Redes sociais

Uma força-tarefa foi designada por Heloisa Campos de Brito, delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, para investigar o assassinato.

Foto: Divulgação/SSP

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia informou que o crime foi cometido por dois homens.

Foto: Reprodução/TV Bahia

Os criminosos invadiram o local onde estava Bernardete e a executaram com vários tiros.

Foto: Reprodução/Ag.Brasil/Redes sociais

Antes dos disparos, os suspeitos isolaram em um cômodo outros familiares de Bernardete.

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A líder quilombola encontrava-se há dois anos sob proteção da Polícia Militar por decisão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos da Bahia.

Foto: Divulgação

"A proteção do estado era só uma ronda simbólica. Uma viatura da PM ia lá uma vez por dia, geralmente no final da tarde, falava com ela e ia embora. Que segurança é essa?", questionou ao GE o advogado da família, David Mendez.

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Bernardete denunciava madereiros que atuavam na comunidade quilombola onde ela vivia.

Foto: Flickr Newtown grafitti

A localidade tem status de Área de Proteção Ambiental (APA). Por isso, é proibida a extração de madeira na comunidade.

Foto: Divulgação/Prefeitura Simões Filho

De acordo com o advogado David Mendez, Bernardete vinha relatando recentemente um aumento das ameaças que partiam dos madeireiros.

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Ela relatou três vezes em que pessoas passaram à noite atirando para cima em frente à casa onde vivia.

Foto: Divulgação/Conaq

Em junho, Bernardete denunciou à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, as constantes ameaças contra as comunidades. O relato ocorreu durante encontro que contou com outras lideranças quilombolas.

Foto: Fellipe Sampaio/STF

Bernardete era bastante engajada em causas sociais e foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em Simões Filho na gestão do prefeito Eduardo Alencar (PSD) (2009-2016).

Foto: Reprodução/Instagram quingomaquilombo

Em 2017, o filho de Bernardete também foi assassinado na região do Quilombo Pitanga dos Palmares.

Foto: Reprodução/Redes sociais

Flávio Gabriel dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, tinha 36 anos e foi alvejado dentro de um carro.

Foto: Divulgação/Conaq

Bernadete clamava por justiça pelo assassinato do filho.

Foto: Divulgação

Cerca de 290 famílias vivem no Quilombo Pitanga dos Palmares, que tem 854 hectares.

Foto: Quilombo na Bahia - Divulgação/Conaq

No local, 120 agricultores produzem e vendem alimentos como farinha para vatapá, frutas e verduras.

Foto: Divulgação

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Foto: Roberta Jaime/Superior Eleitoral Court - Wikimédia Commons