Mistério dos anos 1930 continua: mancha no mar não era avião desaparecido
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Um mistério que já dura 87 anos continua no ar: o desaparecimento da aviadora Amelia Earhart. Recentemente, o explorador Tony Romeo anunciou que havia localizado uma mancha no oceano que parecia a aeronave da aviadora.
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Mas a expectativa foi frustrada. Na verdade, a imagem captada por um sonar da Deep Sea Vision no local - com formato de avião - era uma formação rochosa.
Foto: Divulgação Deep Sea Vision
Ao longo de quase um século, várias investigações e expedições têm sido feitas em busca de respostas sobre o que ocorreu com a exploradora, que desapareceu enquanto sobrevoava o Oceano Pacífico.
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O mais recente grupo a se unir à busca é justamente a equipe da Deep Sea Vision, uma empresa de exploração oceânica, composta por arqueólogos subaquáticos e especialistas em robótica marinha.
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Com uma tecnologia que mapeia o fundo do oceano por meio de ondas sonoras para medir a distância até a superfície, eles tentam resolver o mistério de Earhart.
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Quando a equipe identificou uma anomalia no Oceano Pacífico, a mais de 4.800 metros de profundidade, que se parecia com uma pequena aeronave,a esperança aumentou.
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Amelia Earhart pilotava um avião modelo Lockheed 10-E Electra, com capacidade para 10 passageiros, quando desapareceu enquanto tentava dar a volta ao mundo.
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“Algumas pessoas consideram um dos maiores mistérios de todos os tempos. Penso que, na verdade, é o maior mistério de todos os tempos”, disse o CEO da Deep Sea Vision Tony Romeo, no Instagram.
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As fotos foram tiradas aproximadamente a 161 km da Ilha Howland, um atol sem habitantes que fica logo a norte do equador no Oceano Pacífico.
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O lugar era o destino seguinte planejado por Amelia Earhart e o navegador Fred Noonan, depois de decolarem de Lae, na Papua Nova Guiné.
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Na época, o governo dos EUA chegou a conduzir uma busca intensa por 16 dias seguidos, mas a dupla foi oficialmente considerada perdida no mar.
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A Deep Sea Vision examinou uma área de mais de 13.468 km quadrados nas profundezas do oceano com a ajuda de um veículo subaquático autônomo avançado chamado Hugin 6000.
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A expedição da empresa iniciou em setembro de 2023. As buscas também envolvem um ROV (veículo operado remotamente) com uma câmera para uma investigação mais detalhada do objeto.
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Em 2017, um documentário do History Channel sugeriu a ideia de que Amelia Earhart e Fred Noonan não teriam caído no Oceano Pacífico, mas sim nas Ilhas Marshall, localizadas a cerca de 1.609 km da Ilha Howland.
Foto: wikimedia commons Keith Polya
Segundo a teoria, eles teriam sido sequestrados e levados para a Ilha Saipan, onde foram mantidos como reféns até a morte.
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Os investigadores da teoria se basearam numa foto do Arquivo Nacional dos EUA que mostrava algumas figuras embaçadas que seriam a aviadora e seu avião.
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Outra teoria foi elaborada em 2016 pelo Grupo Internacional para Recuperação de Aeronaves Históricas, chamado de TIGHAR.
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Segundo o grupo, Amelia Earhart e Fred Noonan conseguiram sobreviver a um pouso difícil em um recife no Oceano Pacífico, mas acabaram morrendo como náufragos porque não conseguiram chamar ajuda pelo rádio.
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No entanto, a teoria mais aceita, apoiada pelo governo dos Estados Unidos e pelo Instituto Smithsonian, é a de que Earhart e Noonan teriam caído no Oceano Pacífico, próximo à Ilha Howland, quando o combustível do avião acabou.
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Segundo o Departamento de Aeronáutica do Museu Nacional do Ar e do Espaço Smithsonian, nas últimas mensagens de rádio de Earhart, as transmissões ficaram cada vez mais fortes à medida que ela se aproximava da Ilha Howland, sugerindo que estava chegando perto antes de sumir.
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David Jourdan, cofundador e presidente da Nauticos, afirmou que seria crucial localizar a certificação "NR16020" que estava impressa na parte inferior da asa do Lockheed.
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Caso o avião seja encontrado em profundidades oceânicas tão extremas, onde as temperaturas são muito baixas e há baixo teor de oxigênio, há a possibilidade de que ele esteja bem preservado.
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