Pior enchente dos últimos anos provoca mais de 60 mortes em região da Espanha
Uma forte tempestade acompanhada de ventania atingiu o sul e leste da Espanha entre segunda e terça-feira (29/10), resultando em ao menos 64 mortes.
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Deixando um cenário de caos, as chuvas provocaram enchentes que cobriram carros, ruas e residências.
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No sul da Andaluzia, um trem de alta velocidade com quase 300 passageiros chegou a descarrilar. Segundo o governo regional, ninguém ficou ferido.
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Para apoiar as equipes de emergência, cerca de mil soldados foram mobilizados.
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O foco maior tem sido na região de Valência, a mais afetada pelo desastre, que já é considerado um dos piores dos últimos anos.
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A maioria das mortes confirmadas até agora ocorreu na parte leste de Valência, enquanto as operações de resgate continuam à procura de desaparecidos.
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Na cidade de Mira — província vizinha de Castela-La Mancha —, ao menos uma mulher morreu. Seis pessoas seguem desaparecidas na área de Albacete.
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Em algumas áreas, o volume de chuva que caiu em menos de 24 horas superou a média de um mês, paralisando serviços de transporte ferroviário e aéreo, levando ao fechamento de escolas.
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Ao longo de outubro, Valência geralmente registra em torno de 77 milímetros de chuva.
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Segundo dados dos serviços meteorológicos europeus, só em Chiva, que fica a leste de Valência, foram registrados 320 mm de chuva em apenas quatro horas.
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As águas invadiram casas, arrastaram carros por ruas alagadas e causaram grandes interrupções nas atividades no leste do país.
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Nesta quarta-feira (30/10), várias áreas da Comunidade Valenciana ainda enfrentavam interrupções no fornecimento de telefonia e energia.
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As autoridades pediram para que os moradores evitem circular pelas estradas da região. Algumas, inclusive, permanecem isoladas devido aos alagamentos.
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"As pessoas que estão agora mesmo paradas ou bloqueadas, saibam que a ajuda vai chegar", declarou o governo regional de Valência.
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"[...] Não é por falta de meios, nem por falta de predisposição, nem por falta de capacidade. Conseguir acesso ainda é um problema", explicou o presidente regional, Carlos Mazón.
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Também nesta quarta-feira (30/10), a sessão do Congresso espanhol começou com um minuto de silêncio. A família real e o governo expressaram condolências.
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"Desolados com as últimas notícias. Nossos mais sinceros pêsames aos parentes e amigos dos mais de 50 mortos. Força, ânimo e todo o apoio necessário para todos os afetados", manifestou a Casa Real espanhola por meio das redes sociais.
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"Estou acompanhando de perto e com preocupação as informações sobre as pessoas desaparecidas e os danos causados pela tempestade", disse o primeiro-ministro Pedro Sánchez.
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Ele retornava de um compromisso na Índia quando o incidente ocorreu. Será formado um comitê de crise para monitorar a situação.
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A catástrofe de agora se tornou o mais letal na Espanha desde agosto de 1996, quando chuvas torrenciais causaram deslizamentos que destruíram o camping "Las Nieves" em Biescas, na província de Huesca, resultando em 86 mortes.
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Na Europa, é o episódio com o maior número de vítimas desde julho de 2021, quando enchentes na Bélgica e na Alemanha deixaram mais de 200 mortos e causaram prejuízos de bilhões de euros.
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De acordo com cientistas, eventos meteorológicos dessa magnitude, como tempestades, furacões e ondas de calor, estão se tornando cada vez mais intensos devido às mudanças climáticas.
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