População inteira foi embora sem motivo aparente: Historiadores pesquisam abandono do Monte dos Mortos, no Paquistão

Você já ouviu falar no 'Monte dos Mortos'? A cidade paquistanesa, que chegou a ter 40 mil habitantes, foi abandonada misteriosamente e nem mesmo os historiadores sabem ao certo o motivo.

Foto: Flickr Asad Shoro

Moenjodaro, que tem como tradução 'Monte dos Mortos', surgiu por volta de 2500 a.C, no Vale do Indo, onde hoje é o Paquistão.

Foto: Avantiputra7 - Wikimédia Commons

Essa cidade era um dos maiores centros populacionais da antiga civilização do Vale do Indo, que floresceu entre 3.300 a.C e 1.300 a.C ao longo do rio Indo, atravessando Paquistão e partes da Índia e da China.

Foto: US Federal Central Intelligence Agency (CIA) - Wikimédia Commons

O 'Monte dos Homens Mortos' foi um dos primeiros grandes povoados urbanos do mundo, na mesma época do Egito Antigo, Mesopotâmia e Creta.

Foto: Flickr Benny Lin

Sua construção foi feita de forma bem organizada. O planejamento urbano dela sugere que os quarteirões eram alinhados com áreas importantes.

Foto: Flickr Sarah

As estradas da cidade eram retas e cruzadas em ângulos de 90 graus. As ruas principais mediam até 9 metros de largura com espaço para o tráfego não apenas de pessoas, mas também de animais. Eram de terra batida ou tijolos de barro cozidos.

Foto: Flickr Benny Lin

As casas também eram padronizadas. As construções eram feitas de tijolos cozidos uniformes. Ficavam em ruas menores e becos, e não inundavam porque um sistema de drenagem já havia sido criado para escoamento da água da chuva e dos esgotos fora das residências.

Foto: Flickr Bagarhbilli

De acordo com estudos, a cidade possuía centros cívicos, banheiros públicos, centros culturais e colégio para líderes religiosos.

Foto: Flickr Benny Lin

Além disso, O 'Monte dos Mortos' contava com um complexo que continha sistema de drenagem e um grande celeiro.

Foto: Flickr Groundhopping Merseburg

Porém, cerca de mil anos depois de ser erguida, entre 1800 e 17000 a.C, a região foi abandonada.

Foto: Flickr Imran Schah

O local foi redescoberto em 1922 pelo arqueólogo inglês Sir John Marshall. O carro dele ainda se encontra no museu de Moenjodaro como homenagem.

Foto: Flickr Zubair Ahmed Madani

As condições das estruturas levam a crer que Moenjodaro foi arrasada por um desastre rápido. Consequentemente, o tempo contribuiu para que esteja como está.

Foto: Flickr Tayyab Mir

Só que aí é que mora o mistério que intriga os historiadores que analisam o local e que enfrentam dificuldades para descobrir o que aconteceu.

Foto: Flickr Groundhopping Merseburg

Pesquisadores não encontraram sinais de desastres nas ruínas. Também não há indícios de que a cidade tenha sido destruída por uma batalha.

Foto: Flickr Groundhopping Merseburg

Outro ponto importante: as mortes das pessoas cujos esqueletos encontrados não parecem ter sido causadas por um massacre.

Foto: Flickr Groundhopping Merseburg

Muitas cidades do Vale do Indo também foram abandonadas no mesmo período. Sendo assim, a teoria mais aceita é de que a região pode ter passado por uma grande seca.

Foto: Flickr Masd

A seca teria causado o fim da agricultura que sustentava os assentamentos das cidades do Vale.

Foto: Flickr Masd

Um estudo da revista Nature parece confirmar a teoria. As análises feitas em um estalagmite de uma caverna no Himalaia apontam que a região foi atingida por uma seca há 4,2 mil anos.

Foto: Saqib Qayyum - Wikimédia Commons

Essa condição se estendeu por alguns séculos. Há evidências de que essa grande seca assolou boa parte do mundo na mesma época.

Foto: Flickr Pakistan Official

Moenjodaro foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco em 1980 em reconhecimento por sua importância e valor histórico.

Foto: Flickr Groundhopping Merseburg

O local passa por restaurações, mas também sofre com ameaças de erosão e outras condições naturais.

Foto: Flickr Groundhopping Merseburg

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Foto: Flickr Asad Shoro