Reino perdido: DNA de múmias de babuínos traz pistas sobre Eritreia
Foto: Divulgação/Dartmouth College
Em 2020, um primatólogo usou moléculas dos dentes de um babuíno mumificado para descobrir sua dieta no início da vida. Algo que indica as regiões atuais da Somália, Eritreia e Etiópia, e os babuínos da análise vieram do Império Novo, entre 1550 a.C a 1070 a.C., sendo a primeira pista de Punte.
Foto: Divulgação/Dartmouth College
Os resultados demonstram que dois babuínos mumificados de P. hamadryas do período do Novo Reino, batizados como EA6738 e EA6736, nasceram fora do Egito. Provavelmente, eles vieram de um local na Eritreia, Etiópia ou Somália, o que restringe a localização do Reino.
Foto: Σταύρος/Wikimedia Commons
Cinco espécies de P. anubis mumificados do período ptolomaico refletiram níveis de estrôncio que são consistentes com uma origem egípcia. Isso dá indícios de um programa de reprodução em cativeiro para babuínos naquela época, provavelmente em Memphis, uma antiga capital no Baixo Egito, a noroeste do Mar Vermelho.
Foto: Edal Anton Lefterov/Wikimedia Commons
Em outro momento, arqueólogos peruanos fizeram, em um espaço sagrado de um dos bairros mais antigos de Lima, capital do Peru, a descoberta de quatro múmias de crianças ao lado de restos mortais de um adulto. Os crânios das múmias ainda tinham cabelos.
Foto: Reprodução de vídeo / CNN
Acredita-se que possuam mais de mil anos e sejam da cultura Ichma, que se desenvolveu na costa central do Peru antes da ascensão do Império Inca.
Foto: Reprodução de vídeo / CNN
A tumba agora contém a múmia do faraó em uma caixa de vidro, assim como o seu sarcófago exterior, feito de madeira dourada.
Foto: divulgação Egp Viagens
Mas existem outras múmias consideradas verdadeiras relíquias pelos pesquisadores. Veja quais são as múmias mais famosas do mundo.
Foto: ESD-SS por Pixabay
A prática de preservar corpos remonta a uma época anterior ao Antigo Egito. Pelo menos 3.500 anos antes dos faraós egípcios que ganharam fama, já havia mumificação.
Foto: Jensie De Gheest por Pixabay
Os corpos de nobres eram enterrados junto com objetos pessoais e muitas preciosidades. Mas, em outros casos, ocorreram mumificações naturais, sem intervenção humana, e sim por causa da ação do ambiente sob determinadas condições, como essa galeria vai mostrar.
Foto: Imagem de albertr por Pixabay
As múmias revelam aspectos da cultura, da alimentação, dos costumes de povos inteiros. São importantes fontes de conhecimento.
Foto: David Monniaux wikimedia commons
ÖTZI, o Homem de Gelo - Descoberto nos Alpes, no oeste da Áustria, em 1991. Os cientistas descobriram que ele tinha entre 30 e 45 anos, 1,62 metro e viveu na Idade do Cobre (há 5.300 anos!)
Foto: Helmut Simon wikimedia commons
GINGER - Encontrada no Egito em 1896, viveu há cerca de 5.500 anos. Apesar do nome, exames mostraram que trata-se de um homem entre 18 e 24 anos. Ele morreu com uma facada nas costas.
Foto: Jack1956 wikimedia commons
HOMEM DE TOLLUND - Encontrado num pântano na Dinamarca em 1940, morreu asfixiado e a corda ainda está no seu pescoço Viveu entre cerca de 405 a.C e 380 a.C, na Idade do Ferro. Sua última refeição foi mingau de cevada e peixe.
Foto: Domínio Público
Suspeita-se que tenha sido sacrificado, pois estava em posição fetal com olhos e boca fechados. Tinha entre 30 e 40 anos, e 1,63m. Seu corpo encolheu no pântano.
Foto: Grönneger1 wikimedia commons
XIN ZHUI - O corpo desta senhora chinesa, de 168 a.C, foi sepultado em túmulo com argila, preenchido com fluido de embalsamento, o que permitiu que a múmia ficasse até com os membros flexíveis, pele macia e cabeça cheia de cabelos. Encontrada em 1971.
Foto: Gary Todd - Flickr
RAMSÉS II - Também chamado de O Grande, governou o Egito de 1303 a.C a 1213 a.C. Ramsés tinha 1,80m e morreu por volta dos 90 anos de idade.
Foto: Youtube Canal Channel 5
PRINCESA UKOK - Também conhecida como Donzela de Gelo Siberiana, viveu no século 5 a.C em Altai, na Rússia, e foi achada num caixão de lariço com seis cavalos sacrificados. Chamaram atenção as tatuagens na múmia. Viveu cerca de 25 anos.
Foto: Kobsev at Russian Wikipedia.
Na região onde foi Akok foi encontrada viveu o povo de cultura Pazyryk e, graças à múmia, foi possível descobrir que já havia rotas de longa distância na época, pois, além de lã e pelo de camelo, ela também vestia seda.
Foto: Kobsev wkimedia commons
MÚMIAS DE CHINCHORRO - Estão entre as múmias feitas pelo homem mais antigas, datando de 7.000 anos. Os corpos tinham os órgãos retirados e recebiam juncos e argila. A pele era pintada de vermelho ou preto.
Foto: Pablo Trincado - wikimedia commons
O povo chinchorro viveu no Deserto do Atacama, no Chile, e não deixou escritos. Por isso, as múmias trazem informações valiosas para a compreensão da sua cultura.
Foto: Heretiq wikimedia commons
HOMEM DE GRAUBALLE - Descoberto na primeira metade do século 20, chama atenção pelos cabelos ruivos. Viveu há mais de 2 mil anos e tinha cerca de 20 quando morreu, provavelmente em ritual de sacrifício. Tinha corte profundo no pescoço.
Foto: User:Colin - Flickr
MÚMIAS DE TARIM - Preservadas na areia seca e saturada do Deserto de Takla-Makán, no oeste da China. Descobertas no início dos anos 1990.
Foto: Martonkurucz wikimedia commons
Diferentemente das múmias dos antigos egípcios, dos incas e de seus predecessores, onde tentava-se preservar artificialmente o corpo humano para a vida após a morte, as múmias de Tarim foram preservadas naturalmente.
Foto: Martonkurucz - wikimedia commons
MÚMIAS DE LLULLAILLACO - Uma menina de 6 anos, um menino de 7 e uma adolescente de 15 (foto) foram desenterrados no topo do vulcão Llullaillaco, nos Andes, a 6.739m de altitude, na fronteira entre Argentina e Chile.
Foto: grooverpedro wikimedia commons
MÚMIAS DE GUANAJUATO - São corpos mumificados, sepultados durante a epidemia de cólera em Guanajuato, no México, em 1833. Elas se mumificaram naturalmente. Foram desenterradas depois que parentes não aceitaram pagar taxa ao governo para manutenção do cemitério.
Foto: Cesar Landeiro Soriano - wikimedia commons
Os corpos foram guardados num depósito e funcionários começaram a cobrar pela entrada. A iniciativa deu origem ao Museu das Múmias.
Foto: Russ Bowling wikimedia commons
Acompanhe o Terra
Diariamente o Terra traz conteúdos para você se manter informado. Acesse o site e nos siga nas redes.
Foto: Divulgação/Dartmouth College