Tecnologia genética: Pombo do Pacífico pode ajudar na recriação dos extintos Dodôs
Foto: Jebulon/Wikimedia Commons
Quando se fala em animais extintos, quase instintavemente pensamos nos carnívoros e temidos dinossauros.Mas uma avezinha superdócil, vista pela última vez por volta de 1662, também não está mais entre nós. Trata-se dos dodôs.
Foto: Jebulon/Wikimedia Commons
Com quase um metro de altura e peso em média de 23 quilos, os dodôs viviam tranquilamente na Ilha Maurício até os colonos europeus chegarem no século XVII.
Foto: Roelant Savery/Wikimedia Commons
Maurício é uma ilha pequena no Oceano Índico, nomeada em homenagem ao administrador da Companhia das Índias Orientais, o Conde Mauricio de Nassau. Os holandeses a colonizaram a partir de 1598.
Foto: Divulgação/Tourism Mauritius
Parentes dos pombos e abutres, os simpáticos dodôs não temiam a presença humana e, por isso, foram presas fáceis.
Foto: BazzaDaRambler/Wikimedia Commons
Basicamente, os dodôs tinham um bico grande e curvado na ponta, pernas grandes e asas minúsculas.
Foto: Ballista/Wikimedia Commons
A anatomia dos pacatos dodôs, que não voavam, pois tinham asas atrofiadas, pernas robustas, ossos pesados e pelve larga, favorecia a vida terrestre.
Foto: DEFI-Écologique/Wikimedia Commons
Os pesquisadores não sabem ao certo quando e como os dodôs chegaram às Ilhas Maurício, mas as condições de vida no local eram ideais e favoreceram sua estadia.
Foto: Roelant Savery/Wikimedia Commons
Os colonos holandeses descreveram os dodôs como uma "ave burra" por sua falta de aptidão para o voo e pelo costume de comer pedras.
Foto: JaffaFalcon/Wikimedia Commons
Apesar desta comida "exótica", a alimentação preferida dos dodôs eram frutas e sementes, que tinham em grande variedade e abundância nas Ilhas Maurício.
Foto: Frederick William Frohawk/Wikimedia Commons
Além disso, outro fator que contribuía para a "má reputação" das aves era o fato de elas não terem medo de nada nem ninguém, o que as expunha a perigo.
Foto: Emőke Dénes/Wikimedia Commons
Isso porque não havia predadores naturais nas Ilhas Maurício, o que tornou a personalidade dos dodôs "dócil demais" e uma presa fácil para os humanos.
Foto: Emőke Dénes/Wikimedia Commons
Outro fator que contribuiu para a extinção dos dodôs era que as fêmeas colocavam apenas um ovo por ano. Em geral, as aves colocam vários ovos de uma só vez, o que permite a alguns filhotes sobreviverem aos predadores e às doenças. Mas esse não era o caso dos dodôs.
Foto: Fiver, der Hellseher/Wikimedia Commons
Os pesados dodôs, por sua vez, com um filhote por ano, temiam apenas a temporada de tempestades e ciclones. Essa falta de predadores naturais deixou os dodôs vulneráveis com a chegada dos colonos europeus na ilha, por volta do século XVII.
Foto: Emőke Dénes/Wikimedia Commons
Sem reconhecer os humanos em Maurício como uma ameaça, as aves eram facilmente capturadas.
Foto: Unuplusunu/Wikimedia Commons
Tanto que cerca de 25 aves foram abatidas de uma só vez para fins alimentares, conforme conta Willem Van West-Zanen, em seu diário de bordo no navio Bruin-Vis, em 1602. Grandes e fartos, apenas dois dodôs serviam uma enorme quantidade de carne em uma única refeição. Os restos eram preservados por meio da salga.
Foto: Ed Uthman/Wikimedia Commons
Não se sabe ao certo a quantidade de animais mortos pelos holandeses nas Ilhas Maurício, mas a queda dos dodôs teve contribuição com a introdução de espécies invasoras, como cães, porcos, gatos, ratos e macacos-do-mato.
Foto: Miroslav Cacik/Wikimedia Commons
Estes animais caçavam as aves e competiam pelos recursos alimentares limitados, além de saquearem os ninhos, interrompendo a continuidade da espécie aos poucos.
Foto: William Hodges/Wikimedia Commons
Por crenças religiosas, a própria existência dos dodôs era contestada na Europa, pois era visto como uma criatura mitológica até que Georges Cuvier, no século XIX, provou sua extinção.
Foto: Liné1/Wikimedia Commons
Mas, através da empresa Colossal Laboratories & Biosciences, em Dallas, nos EUA, os dodôs podem voltar à vida através da recuperação genética de restos em museus para mudar geneticamente o parente mais próximo vivo, o pombo-de-nicobar.
Foto: kjpargeter/Freepik
É que estudos de DNA recentes mostraram que o pombo-de-nicobar é a espécie viva mais próxima do Dodô. Medindo cerca de 40 cm e pesando em torno de 600 gramas, esse pássaro tem longas penas, cauda curta e asas fortes.
Foto: Relic38 - wikimedia commons
O pombo-de-Nicobar tem um tom azul metálico e verde. A espécie é encotrada em ilhas do Oceano Pacífico e faz ninhos em árvores em densas florestas. Um único ovo chocado por 30 dias.
Foto: Jappalang - wikimedia commons
Se a experiência der certo, quem sabe os dodôs sejam recriados a partir de DNAs da espécie que estão em museus, com a "ajudinha" desse pombo que é um primo bem robusto. A conferir!
Foto: Arpingstone wikimedia commons
Acompanhe o Terra
Diariamente o Terra traz conteúdos para você se manter informado. Acesse o site e nos siga nas redes.
Foto: Jebulon/Wikimedia Commons