Vencedor de dois Oscars, Gene Hackman é encontrado morto junto da esposa nos EUA
O ator norte-americano Gene Hackman, de 95 anos, e sua esposa, Betsy Arakawa, 63, foram encontrados sem vida nesta quinta-feira (27/02) na residência onde moravam, no estado do Novo México (EUA).
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Segundo informações divulgadas pela agência de notícias Reuters, o xerife Adan Mendoza, do condado de Santa Fé, informou que o casal morreu junto com seu cachorro.
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Também de acordo com o site Santa Fe New Mexican, não há qualquer suspeita de crime até este momento.
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Gene Hackman, cujo nome de batismo era Eugene Allan Hackman, nasceu em San Bernardino, Califórnia, em 30 de janeiro de 1930.
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Ele teve uma infância marcada por dificuldades financeiras e um relacionamento complicado com o pai, que abandonou a família quando ele ainda era jovem.
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Hackman saiu de casa aos 16 anos e serviu na Marinha, passando por países como Japão e Havaí.
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Após deixar o serviço militar, ele estudou atuação na Pasadena Playhouse, na Califórnia, onde conheceu outro aspirante a ator, Dustin Hoffman.
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Apesar de inicialmente ser desencorajado por um instrutor que disse que ele não tinha futuro na atuação, Hackman persistiu e acabou se mudando para Nova York, onde começou a trabalhar em teatro e televisão.
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Sua grande chance no cinema veio em 1967, quando ele foi escalado para o filme "Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas", no qual interpretou Buck Barrow, o irmão de Clyde Barrow.
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Sua atuação lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, consolidando-o como um talento a ser observado.
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Dois anos depois, Hackman foi mais uma vez indicado ao Oscar, dessa vez como Melhor Ator Coadjuvante, por "Meu Pai, um Estranho" (1970).
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Hackman continuou a impressionar a crítica e o público ao longo dos anos 1970, com papéis memoráveis em filmes como "Operação França" (1971), pelo qual ganhou o Oscar de Melhor Ator.
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O filme, dirigido por William Friedkin ("O Exorcista", 1973), tornou-se um clássico do cinema policial e destacou o talento de Hackman para interpretar personagens intensos e realistas.
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Outros papéis marcantes dessa década incluem "O Destino do Poseidon" (1972) e "Espantalho" (1974), além do aclamado "A Conversação" (1974 - foto), de Francis Ford Coppola, no qual entregou uma de suas performances mais sutis e introspectivas.
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Nos anos 1980 e 1990, Hackman continuou a brilhar em papéis de destaque, incluindo sua interpretação como o vilão Lex Luthor na franquia Superman ao lado de Christopher Reeve.
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Em 1993, ganhou seu segundo Oscar, desta vez como Melhor Ator Coadjuvante, por sua atuação como o impiedoso Xerife Little Bill Daggett no faroeste "Os Imperdoáveis" (1992), dirigido por Clint Eastwood.
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Alguns outros sucessos estrelados por Hackman fora: "Mississippi em Chamas" (1988) — pelo qual recebeu mais uma indicação ao Oscar de Melhor Ator —, "Maré Vermelha" (1995) e "Inimigo do Estado" (1998 - foto).
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No início dos anos 2000, Hackman continuou atuando (na foto, ele em "Os Excêntricos Tenenbaums", 2001), mas decidiu se aposentar oficialmente após "Uma Eleição Muito Atrapalhada" (2004).
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"Não dei uma entrevista coletiva para anunciar minha aposentadoria, mas sim, não vou mais atuar", declarou em entrevista à Reuters na época.
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"Nos últimos anos, me disseram para não dizer isso, caso surgisse algum papel realmente maravilhoso, mas eu realmente não quero mais fazer isso", comunicou em 2004.
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Além de sua carreira no cinema, Hackman também se aventurou como escritor e chegou a lançar diversos romances, incluindo histórias de ficção histórica.
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Na vida amorosa, Hackman se casou duas vezes e teve três filhos. Ele e a pianista Betsy Arakawa (foto) começaram a se relacionar ainda nos anos 1980 e eram casados desde 1991.
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