País menos visitado do mundo pode desaparecer

A elevação do nível do mar ameaça nações no Oceano Pacífico, que correm o risco de ficarem submersas, obrigando os habitantes a se mudarem para outros lugares.

Foto: Government of Kiribati - Wikimédia Commons

Um estudo apresentado por especialistas em clima da ONU (IPCC) mostra que cinco países (Maldivas, Tuvalu, Ilhas Marshall, Nauru e Kiribati) correm o risco de se tornarem inabitáveis até 2100. Eles devem ficar debaixo d'água, afetando 600 mil pessoas.

Foto: Imagem de 995645 por Pixabay

Tuvalu

Um dos casos mais chamativos é o de Tuvalu, o país menos visitado do mundo. A situação é tão preocupante que o governo está criando Tuvalu no metaverso, reproduzindo digitalmente o que existe no país, para preservação de sua memória.

Foto: Blogtrotters - Flickr

Em 2022, o Ministro da Justiça de Tuvalu, Simon Kofe, postou vídeo em que aparecia com água na altura dos joelhos num local onde o terreno era seco anos atrás. "Estamos afundando", ele disse.

Foto: Cortesia- Ministério da Justiça de Tuvalu

"É uma nação insular de baixa altitude. O ponto mais alto acima do nível do mar não passa de 5 metros", disse o ministro à BBC Mundo. E também foi Kofe que afirmou que Tuvalu será preservado no metaverso.

Foto: Youtube Canal Geolugar

Este país insular fica entre a Austrália e o Havaí, e é formado por nove ilhas e atóis. O país é pequeno: uma área de apenas 26 km². E tem somente 11.204 habitantes, conforme estimativa feita em 2021 pelo Banco Mundial.

Foto: Site Infoescola

Tuvalu tem um grande recife de coral em forma de anel que circunda uma lagoa, com ilhas ao longo da borda.

Foto: Joey Nicholasi - Flickr

O governo tem feito apelos para que as grandes nações reduzam a emissão de poluentes, para frear o aquecimento global. Moradores e entidades se juntam em campanhas pedindo uma maior consciência com o meio ambiente.

Foto: 350 org - Flickr

A penetração da água salgada inutilizou terras agrícolas e está afetando poços de onde as pessoas tiravam água para beber.

Foto: Helena Jinx - Flickr

Por isso, a água potável está se limitando à água da chuva. Mas nem sempre chove. E o país vem enfrentando períodos de seca.

Foto: Imagem de Christelle Olivier por Pixabay

Tuvalu também tem sido afetado por ciclones cada vez mais fortes.

Foto: UNDP Climate - Flickr

Em 2020, o ciclone Tino atingiu o arquipélago e causou muitos danos.

Foto: UNDP Climate - Flickr

Todos esses problemas afetam o pequeno país, que tem uma paisagem deslumbrante, com praias, lagoas, atóis e recifes de corais que enchem os olhos.

Foto: Stefan Lins - Flickr

Em Tuvalu, há dois idiomas oficiais: o tuvaluano e o inglês. E duas moedas: o dólar de Tuvalu e o dólar australiano.

Foto: Michael Coghlan - Flickr

Os primeiros habitantes chegaram provavelmente no século XIV, provenientes de Samoa. Primeiro, chamavam-se Ilhas de Laguna, colônia da Espanha. Depois, Ilhas Ellice, pertencentes à Grã-Bretanha.

Foto: François Gemenne - Flickr

Em 1978, a nação tornou-se independente adotando o nome Tuvalu, que significa "grupo de 8" , referência às oito ilhas primeiramente habitadas. Em 1995, o país ganhou nova bandeira. Mas manteve a Union Jack no canto. Afinal, mesmo tendo governo próprio, é subordinado à Monarquia Britânica.

Foto: Bhanadri Frever - Flickr

Union Jack é a junção da cruz de São Jorge, da bandeira da Inglaterra; A cruz de Santo André, da bandeira da Escócia; A cruz de São Patrício, que representa a Ilha da Irlanda.

Foto: Domínio público

No país, as atividades mais tradicionais são a pesca e o cultivo de palmeiras e hortas. A economia é incrementada pela exportação de três produtos. Um deles é a copra (polpa seca de coco, de onde se tira o óleo de coco).

Foto: François Gemenne - Flickr

Tuvalu também exporta o pândano, uma planta da Polinésia que é usada na culinária, no artesanato e no paisagismo.

Foto: U. S. Geological Survey USGS /Forest & Kim Starr domínio público

E o terceiro produto forte de Tuvalu é da área têxtil: tecidos para produção de roupas e artigos de cama, mesa e banho.

Foto: Imagem de Siggy Nowak por Pixabay

A capital é Funafuti, o atol com maior população do país: cerca de 4.500 pessoas.

Foto: Youtube Canal ABC News In-depth

É uma estreita faixa de terra entre 20 e 400 metros de largura que circunda uma grande lagoa.

Foto: Lily-Anne Homasi - DFAT- Flickr

A sede do governo fica na vila de Vaiaku, na ilha de Fongfale, que faz parte de Funafuti.

Foto: Michael Coghlan - Flickr

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Foto: Government of Kiribati - Wikimédia Commons