Sabia que planta pode ser alternativa ao plástico do petróleo? Conheça o curauá

Espécie é conhecida como bromélia da Amazônia

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Desafio

O plástico é um dos grandes inimigos da sustentabilidade. O seu processo de extração, processamento e descarte impactam diretamente a vida no planeta, levando até 450 anos para se decompor na natureza.

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O que fazer, então?

Cada vez mais cientistas de todo o mundo estudam alternativas para substitui-lo, e uma delas está pertinho de nós, na região norte. Segundo estudo desenvolvido no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus, o curauá tem potencial para substituir o plástico de origem petroquímica.

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Curauá

O curauá, cujo nome científico é Ananas erectifolius, é encontrado principalmente na região norte do Brasil, além de países como Venezuela e Guiana Francesa. Ele é também conhecido como bromélia da Amazônia.

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Características

Existem dois tipos de curauá: o curauá-branco, cujas folhas são em tom verde-claro, e o curauá-roxo, com folhas roxo-avermelhadas. Em todo caso, as folhas são alongadas, medem 5 cm de largura e 5 mm de espessura. Mas, quando adultas, podem chegar a 1,6 m de comprimento.

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Fibra de curauá

A fibra extraída das folhas da planta é resistente e reciclável. Ela é usada na confecção de redes e tapetes, e pode substituir também o plástico petroquímico e a fibra de vidro. "É a opção natural com maior resistência mecânica que se conhece hoje, de acordo com os nossos resultados de pesquisa", disse o diretor de Operações do CBA, Caio Perecin, à Agência Brasil.

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Vantagens do curauá

A planta é encontrada na região de não floresta, e tem preferência por solo não encharcado, ácido e pouco fértil. O seu plantio pode ser feito em qualquer época do ano e não precisa de fogo ou derrubada de árvores. Por isso, ela é considerada uma ótima opção para o plantio sustentável.

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Projeto

Em janeiro deste ano, o Governo do Amazonas, plantou 12,5 mil mudas do curauá para o início de um projeto-piloto em Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus. O objetivo é que as fibras sejam utilizadas por empresas parceiras na substituição do plástico de origem do petróleo.

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