A tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul causaram uma comoção nacional jamais vista nessas proporções. As ajudas vieram de todos os pontos do país, tanto em dinheiro quanto em doação, mas além disso, também chegaram muitos voluntários nas cidades afetadas.
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“Em momentos de crise, a solidariedade e a ação coordenada de voluntários representam papéis essenciais na resposta aos impactos de uma calamidade como a que estamos vivendo no Rio Grande do Sul. Pessoas de todos os estados do Brasil, e até de fora dele, anseiam por ajudar de uma forma mais efetiva", explica Abel Reis, Presidente do Conselho de Administração da Parceiros Voluntários.
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Toda ajuda é ajuda?
Não. "Qualquer ajuda não é ajuda", afirma Mariana Serra, CEO da VVolunteer, uma plataforma humanitária que atua em diversas operações, esteve no Rio Grande do Sul após as enchentes de 2023 e até na Guerra da Ucrânia.
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Mariana explica que cada vez mais teremos tragédias climáticas. Por isso, é muito importante capacitar a sociedade civil para atuar como força voluntária de forma que realmente seja possível usar essa ajuda sem atrapalhar as operações. Periodicamente, a VVolunteer, inclusive, oferece gratuitamente uma capacitação.
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Etapas
Abel, da Parceiros Voluntários, explica que as etapas de uma situação de calamidade são: (I) resgate e evacuação de emergência, (II) abrigos e fornecimento de necessidades básicas, e (III) recuperação e reconstrução.
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Primeira fase
"A primeira etapa corresponde aos atendimentos de emergência e medidas imediatas. No caso das cheias, inclui o resgate imediato das pessoas em situação de perigo, utilizando equipamentos de salvamento, botes, barcos, helicópteros e qualquer outro meio disponível", explica Abel. Essa parte é realizada, principalmente, por órgãos oficiais, mas a ação voluntária pode incluir: disponibilização de veículos para resgate e comunicação às pessoas em lugares de risco.
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Agora ou depois?
"Como existem diferentes fases de resposta, às vezes, é melhor que a pessoa esteja em campo em um outro momento", complementa Mariana.
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Segunda fase
O presidente da Parceiros Voluntários, descreve que a segunda etapa é quando são feitos os primeiros atendimentos às vítimas, fornecendo abrigo e suprimentos básicos. Nesse caso, a ação voluntária inclui: acolhimento de pessoas em abrigos, atendimentos básicos de saúde, triagem e destinação de doações, montagem de marmitas e lanches para a doação, e organização de informações.
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Terceira etapa
"Já na terceira etapa, as ações visam a recuperação e reconstrução de lugares atingidos. A ação voluntária inclui: limpeza das ruas, espaços públicos e casas; construção de estruturas que foram danificadas e são essenciais para o retorno à normalidade, com a assistência de voluntários especializados", diz Abel.
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Situe-se
Mariana, da VVolunter, explica que, antes de tudo, a pessoa a fim de ajudar precisa buscar entender qual é o contexto da tragédia e o que realmente está acontecendo. Depois disso, procurar pelos agentes humanitários do local: "quem são as pessoas que estão contribuindo e quais são as organizações que estão atuando?"
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Como ajudar?
Quando se situar, entenda qual é a ajuda está sendo necessária no momento –afinal, tudo muda muito rápido. "Agora, olhe para dentro de si e entenda quais são as suas habilidades pessoais e profissionais que possam ser úteis", diz Mariana. Se você realmente puder ser útil, entre em contato com as organizações que estão na linha de frente precisando de voluntários.
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Ajude à distância
Caso você não tenha habilidades que possam ser realmente úteis in loco ou, ainda, não tenha condições emocionais para trabalhar em campo, ainda assim é possível ajudar.
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Abel recomenda que você pesquise o que está sendo feito em sua cidade e/ou região para ajudar; seja o ponto focal quando não há iniciativas de doação na comunidade; verifique oportunidades de voluntariado online e se mantenha atualizado por meio de fontes confiáveis de informação.
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