Medidas perfeitas, viço, cores preferíveis. Podíamos estar falando de padrões de beleza instituídos – em especial – para mulheres, mas os atributos elencados, desta vez, são considerados ‘desejáveis’ para os vegetais in natura.
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Cascas sem marcas, brilho convidativo, dimensões ideais para caber na bandejinha (ou em equipamentos industriais), maturação controlada são alguns dos pontos observados por quem compra – seja na escala doméstica ou logística – frutas, legumes e verduras.
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O que é esse padrão?
"São os padrões perceptivos, sentimentais e cognitivos partilhados intersubjetivamente (coletivamente) pelos indivíduos”, conforme é explicado no artigo ‘Estética e Desperdício de Alimentos’ de Edna Lisboa Aparecida Soares e Glauco da Costa Knopp.
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Nossas preferências por maçãs vermelhinhas e lustrosas e cenouras alaranjadas e longilíneas seriam influenciadas por modelos estéticos culturalmente instituídos aliados ao desconhecimento sobre as reais propriedades nutricionais, sabor, frescor e condições de segurança para consumo do alimento.
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Impacto ambiental
O padrão ‘ideal’ para frutas, legumes e hortaliças e o descarte andam juntos. E o impacto do desperdício é também ambiental, além de social e econômico. Só em relação ao aquecimento global, o desperdício de comida contribuiria, de acordo com a ONU, com 8% a 10% das emissões globais de gases de efeito estufa.
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Movimento Ugly Food
O movimento Ugly Food (Comida Feia, em português) é expresso por diversas instituições que trabalham na venda direta de frutas e hortaliças e tendem a provocar uma nova educação do consumidor sobre um determinado padrão de consumo da perfeição, seja ele colocado por quem for.
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Iniciativas
Uma das formas de evitar o desperdício é comprando esses vegetais considerados fora do padrão. No Brasil, duas empresas trabalham com eles, a Fruta Imperfeita e o Mercado Diferente.
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Comida ‘feia’: vegetais fora do padrão diminuem problema ambiental do desperdício
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