Memorial é criado para relembrar tragédia de Brumadinho

Espaço propõe reflexão sobre o impacto do desastre Foto: Divulgação/Gustavo Penna

Há cinco anos, a barragem da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho (MG) se rompeu causando um dos maiores desastres já vivenciados no Brasil, com 270 vítimas fatais. Foto: Reuters

“A gente enterrou algumas partes, mas como as buscas continuam, muito material ainda está sendo encontrado. Para não precisar passar de novo por toda essa questão de velório e enterro, decidimos buscar um espaço que fosse um depositório desses restos corpóreos”, conta Kenya Paiva Silva Lamounier, que perdeu o marido na tragédia. Foto: Reuters

Gustavo Penna, arquiteto responsável pelo projeto, explica que “a morte biológica é um impacto. Mas existe uma segunda morte, que é o esquecimento. A missão do memorial é justamente não deixar esquecer”. Foto: Divulgação/Gustavo Penna

O arquiteto explica que tudo ali foi pensado para ser um conjunto de metáforas. Veja a seguir. Foto: Divulgação/Gustavo Penna

Fenda

Um longo corredor de 220 metros que corta a terra atua para simbolizar a fenda do rompimento da barragem. Nele há o nome das vítimas nas paredes e, à noite, são acendidas luzes que criam um efeito de procissão. “A fenda está construída como se fosse um dedo apontando para o local do rompimento”, explica o arquiteto. Foto: Divulgação/Gustavo Penna

Foto: Divulgação/Gustavo Penna

Cabeça que chora

Uma escultura geométrica suspensa se destaca. Segundo o arquiteto, ela representa uma cabeça quadrada que chora. No final do percurso, há uma cascata com um mirante para uma área que antes era toda coberta por lama. Foto: Divulgação/Gustavo Penna

Pavilhão de entrada

É como se fosse as construções cobertas pela lama. Todo tingido de barro. “Quando a lama atingiu a cidade, casas, caminhões, árvores, tudo ficou com a mesma cor”, diz Penna. Foto: Divulgação/Gustavo Penna

“O impacto da lama também arrancou telhas das casas, então eu fiz essas frestas no teto, para que o sol entre e ilumine o ambiente escuro”, explica. A cada dia 25 de janeiro, exatamente às 12:28 (data e hora da tragédia em 2019), um facho de luz iluminará uma drusa de cristais. Foto: Divulgação/Gustavo Penna

Também há um espaço meditativo, a sala Memória e a sala Testemunho, onde as pessoas entram em contato com o que aconteceu no fatídico dia. Foto: Divulgação/Gustavo Penna

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