Como um felino raro deixou a lista de animais ameaçados de extinção

Conheça o lince-ibérico

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Boa notícia!

A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) anunciou, em junho, que um dos felinos mais raros do mundo, o lince ibérico, já não está mais ameaçado de extinção. Sua situação passou a ser classificada como 'vulnerável'.

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Aumento da população

A mudança ocorre após um aumento da população do raro gato selvagem. Em 2001, o número de linces-ibéricos em idade adulta era de apenas 62. Em 2022, o número aumentou para 648. Quando somadas as populações jovens e adultas, o número chega a 2 mil.

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Principais esforços

Para aumentar a população dos linces, foi necessário garantir a preservação de outro animal: o coelho europeu, principal fonte de alimento dos felinos ibéricos, que também está ameaçado. A criação de santuários, de programas de reprodução, além da conservação de áreas de mata, também foram outras estratégias adotadas.

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Estratégia

Francisco Javier Salcedo Ortiz, coordenador responsável por liderar a ação de conservação, descreveu o feito como "a maior recuperação de uma espécie de felino já alcançada através da conservação".

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Origem Ibérica

Como o nome já indica, os linces-ibéricos são endêmicos de partes de Portugal e da Espanha. A partir de 1960, a população da espécie começou a diminuir, devido à destruição do seu habitat natural, as florestas, e à caça excessiva. O declínio levou a campanhas de conservação, em especial, nos últimos 20 anos.

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Primo dos gatos

Os linces são da mesma família de leões e leopardos, e se dividem em quatro espécies: o lince-canadense, o euro-asiático, o ibérico e o lince comum. O ibérico é um pouco maior do que um gato doméstico, e seu comprimento oscila entre 70 cm e 1 m, com peso entre 7 kg e 13 kg. Suas orelhas são pontudas; as pernas, longas; e o rabo, curto. O colar de pelos ao redor da face, que lembra uma barba, é uma característica marcante.

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Caçadores e solitários

Assim como outros felinos, o lince-ibérico é um hábil caçador solitário. Além do coelho-europeu, ele também caça presas pequenas, geralmente roedores e lebres. O felino gosta de andar pelas matas abertas e precisa de um território de 10 km a 20 km.

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Mais espaço

Desde 2010, foram reintroduzidos mais de 400 linces-ibéricos em partes de Portugal e Espanha. Ele agora ocupa área de pelo menos 3320 km², um aumento considerável quando comparado aos 449 km² em 2005.

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Ainda em risco

Apesar do sucesso da conservação e aumento da população do animal, ainda existem riscos. A redução de coelhos europeus após ciclos de doenças, a caça de linces e a morte nas estradas são as principais causas de perdas do lince-ibérico.

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