Coral-sol: conheça espécie invasora que se espalhou pelo litoral brasileiro
Espécie se espalhou cerca de 3,5 mil km no litoral do Brasil nos últimos anos
Foto: Bruna Gregoletto/UFSC
Cosmopolita
Os corais do gênero Tubastraea crescem em águas rasas, em recifes e costões rochosos tropicais do Pacífico e do Índico. São consideradas cosmopolitas, segundo Ibama, pois se distribuem, além dos oceanos já citados, nas águas do Atlântico.
Foto: Otto Schubart Neto/ Divulgação/Bertuol Escola de Mergulho
Primeira aparição no Brasil
A introdução acidental do coral-sol no Brasil ocorreu entre as décadas de 1980 e 1990. Ele foi encontrado em plataformas de petróleo na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, quando começaram os estudos.
Foto: Divulgação/Governo Federal
Riscos
Sua colonização é rápida e a invasão altera o ecossistema marinho, por se tratar de um bom 'competidor'. Logo, o coral-sol afeta modos de vida das populações marinhas tradicionais e atividades econômicas fundamentais, como a pesca e o turismo, conforme aponta a Fapesp.
Foto: Reprodução/Fapesp/Damián Mizrahi
Perigo para a navegação
Somente em janeiro de 2024, as equipes do ICMBio em Alcatrazes (SP) retiraram cerca de 346 quilos desses corais. Apesar de ser um processo natural, a bioincrustação coloca em risco a segurança das embarcações, por aumentar o seu peso.
Foto: Divulgação/ICMBio
Resistentes a tintas
Um estudo recente, divulgado na Revista Toxics, revela que os adultos da Tubastraea coccinea são resistentes a nanocápsulas à base de DCOIT, um biocida anti-incrustantes. A substância é presente na mistura de tintas aplicadas em navios e plataformas de petróleo, para fazê-los durar mais.
Foto: Estadão Conteúdo
Descoberta importante
Segundo a Fapesp, a pesquisa divulgada na Revista Toxics ajuda a mapear o comportamento e explicar por que esse coral se espalha de forma consistente por cerca de 3,5 mil quilômetros do litoral brasileiro nos últimos anos. Não predadores naturais na nossa costa.
Foto: Herton Escobar/Governo Federal
Outro impacto
A pesquisa observou a transferência da toxicidade do DCOIT na cadeia alimentar dos animais, já que, após o contato, as substâncias se acumulam, se depuram e em 24 horas são eliminadas do organismo. Isso poderia impactar, por exemplo, na alimentação de comunidades próximas. No entanto, para avaliar, seriam necessários outros estudos.
Foto: Bruna Gregoletto/ UFSC
Busca por substâncias que ajudem a eliminar
"A gente viu que ele é tolerante. Até sofreu um pouco de impacto em algumas situações, mas não morreu. Então, ou a gente precisa de substâncias mais fortes ou de mais tempo de ação", explica Isabela Martins, coautora do artigo.
Foto: Agência Pública
Inovação
O grupo estuda, em parceria com a empresa portuguesa Smallmatek, como desenvolver tintas mais eficazes, tanto para águas tropicais quanto temperadas. A ideia é aliviar a questão econômica com ganho ecológico.
Foto: Agência Pública
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Foto: Estadão Conteúdo