Mico-leão-dourado: entenda a recuperação da espécie na Mata Atlântica

Na década de 1970, restavam apenas 200 micos na natureza; atualmente, são cerca de 4.800

Foto: Anup Shah

População

Endêmico da Mata Atlântica brasileira, o mico-leão-dourado teve sua população afetada pelo desmatamento do bioma. Na década de 1970, restavam apenas 200 micos na natureza. Com uma série de medidas, o número chega atualmente a 4.800 indivíduos.

Foto: Jami Tarris

Ponto de mudança

Com o cenário preocupante, o Programa de Conservação do mico-leão-dourado surgiu também na década de 70, em uma cooperação entre o Instituto Smithsonian, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal e a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente. Passados os anos, a Associação Mico-Leão-Dourado foi criada em 1992 para coordenar esses esforços.

Foto: Kevin Schafer

Medidas

Em conversa com o Terra e em seu site, a Associação Mico-Leão-Dourado listou alguns pontos importantes na conservação e proteção da espécie, que atualmente tem uma população estimada de 4.800 na área de atuação da organização.

Foto: Divulgação/Associação Mico-Leão-Dourado

Criação de reserva

Antes mesmo da fundação da Associação Mico-Leão-Dourado, o hoje extinto IBDF criou a Reserva Biológica de Poço das Antas. A área surgiu como uma ‘casa’ para a espécie em meio ao desmatamento da Mata Atlântica.

Foto: Divulgação/Associação Mico-Leão-Dourado

Monitoramento

Para a preservação do mico-leão-dourado, é necessário identificar ameaças à sobrevivência da espécie. Neste caso, a técnica chamada de Avaliação da População e Viabilidade do Habitat ajuda a estabelecer prioridades na proteção.

Foto: Divulgação/Associação Mico-Leão-Dourado

Reintrodução

Embora a medida não seja mais adotada, a AMLD trabalhou com a reintrodução de cerca de 150 micos-leões-dourados de zoológicos na natureza. O programa de reintrodução parou de ser usado em 2000.

Foto: Philip Marazzi

Educação ambiental

Com público-alvo de professores, estudantes e moradores de regiões com ocorrência da espécie, a AMLD trabalha com a valorização da floresta e da biodiversidade.

Foto: Divulgação/Associação Mico-Leão-Dourado

Conectividade

Com o desmatamento da Mata Atlântica, medidas precisaram ser tomadas para evitar acidentes na locomoção da espécie ao ar livre. Passagens de faunas e corredores florestais foram colocados em locais estratégicos. Um exemplo disso é o viaduto vegetado.

Foto: Divulgação/Associação Mico-Leão-Dourado

Imunização

Em meio ao aumento da população, a espécie enfrentou a febre amarela em 2017. Na época, a população de micos-leões-dourados caiu de 3.700 para 2.500 indivíduos na natureza. Para superar a doença, mais de 220 animais foram vacinados em uma iniciativa ousada.

Foto: Divulgação/Associação Mico-Leão-Dourado

Parceria com agricultores

Com a colaboração de agricultores, o projeto incentiva a implantação de agroflorestas. A ideia visa, por exemplo, a compra de mudas para a criação de “pequenas florestas” em meio às plantações da região.

Foto: Enjoylife2

Restauração florestal

Como citado anteriormente, o desmatamento da Mata Atlântica é um dos grandes problemas na proteção do mico-leão-dourado. Para enfrentar isso, a AMLD atua com a compra de terras e parcerias com proprietários para um melhor reflorestamento.

Foto: Divulgação/Associação Mico-Leão-Dourado

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Foto: Marcio Isensee e Sa