9 terras indígenas podem ser afetadas por novos blocos de exploração de petróleo
Planos são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para 2025
Foto: Paulo Pigozzi/Getty Images
Dados cruzados
A ANP planeja lançar dois novos blocos de exploração de petróleo na Amazônia em 2025. Porém, ao analisar as áreas cotadas, o portal InfoAmazonia, especialista em geojornalismo, aponta que 9 terras indígenas podem ser afetadas.
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Povos originários
As áreas estão em Roraima e seguem em análise antes de serem ofertadas ao mercado petroleiro. Se a exploração for liberada, serão impactadas as áreas pertencentes aos povos Makuxi, Wapixana, Ingarikó e Taurepang.
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Proximidade
As comunidades indígenas em questão aparecem a menos de 10 km das áreas cotadas para exploração. Segundo a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT-169), povos indígenas devem ser previamente informados sobre qualquer interferência na autonomia de seus territórios -- e eles têm poder de veto.
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Veja no mapa
Em verde, o InfoAmazonia indica as áreas de Terras Indígenas. Em roxo, poços perfurados. Já em amarelo, são as áreas em estudo para a exploração de petróleo.
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Em junho
Apesar da Convenção, nenhum representante de órgãos indígenas participou da audiência na Câmara dos Deputados sobre a exploração em Roraima. Na ocasião, segundo o InfoAmazonia, o diretor-geral da ANP disse que a área total do projeto já foi reduzida para evitar sobreposições às terras indígenas.
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O que dizem ANP e MME
E por mais que saibam que ainda existem territórios indígenas próximos às áreas em que podem existir novos blocos de exploração, representantes da ANP e do Ministério de Minas e Energia explicam que a salvaguarda dessas populações será abordada em consulta livre somente na fase de licenciamento.
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Mapa do petróleo
Na região amazônica, atualmente, existem 52 blocos licitados para exploração ou produção. Disponíveis para oferta pública, ainda há 92. Além disso, 307 outros blocos estão em estudo.
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