Ciganos: Cultura e história que impressionam
Foto: William Adams por Pixabay
A cultura dos ciganos atrai a curiosidade e tem peculiaridades que chamam atenção. Os ciganos, também conhecidos como Romani, são um povo com uma história rica e complexa que remonta ao norte da Índia.
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Estima-se que sua migração para o Ocidente tenha iniciado por volta do século 10, percorrendo a Pérsia, a Ásia Menor e a Europa.
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Os ciganos são conhecidos por sua vida nômade, muitas vezes vivendo em comunidades itinerantes e viajando constantemente de um lugar para outro.
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Ao longo dos séculos, o povo cigano enfrentou perseguições e discriminações, mas também se adaptou e enriqueceu as culturas dos países por onde passou.
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Os costumes ciganos variam de acordo com a região e o grupo específico, mas alguns elementos são comuns em muitas comunidades. Veja agora alguns dos hábitos mais frequentes na cultura cigana!
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Família: A base da cultura cigana é a família extensa, com forte ênfase nos laços de sangue e no respeito aos mais velhos. As decisões importantes são tomadas em conjunto, e a comunidade se apoia mutuamente.
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Língua: A língua Romani é um idioma indo-europeu com diversas dialetos. Apesar de muitos ciganos dominarem a língua do país onde residem, a língua Romani preserva sua identidade cultural.
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Religião: A maioria dos ciganos não seguia uma religião específica; eles costumavam aderir à crença de onde estivessem vivendo, ou seja, poderiam ser católicos, ortodoxos, evangélicos, espíritas ou mesmo muçulmanos.
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No geral, o povo cigano costuma ter um conjunto de crenças e princípios a serem seguidos, ainda que não adorem a figura de um Deus em específico.
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Música e Dança: A música e a dança são elementos centrais da cultura cigana. Ritmos e melodias vibrantes são frequentemente acompanhada por instrumentos como violão, acordeão e pandeiro.
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A dança cigana é expressiva e sensual, transmitindo alegria, emoção e liberdade.
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Trabalho: Tradicionalmente, os ciganos se dedicavam a atividades itinerantes como comércio, artesanato, ferrageamento e adivinhação. Hoje em dia, muitos ciganos também trabalham em áreas como música, artes, educação e saúde.
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Hoje, os ciganos estão espalhados por todo o mundo, com estimativas que variam entre 10 e 20 milhões de pessoas.
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Os três países com maior população cigana são: Estados Unidos (aproximadamente 1 milhão), Brasil (cerca de 800 mil) e Espanha (aproximadamente 710 mil).
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Além desses, Turquia, Sérvia, Romênia, Bulgária, França e Eslovênia também têm uma população cigana significativa.
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Os ciganos vieram para o Brasil junto com os exploradores portugueses. As autoridades de Portugal viram nos lugares distantes do império uma chance de se livrar dessas pessoas que eles julgavam não serem bem-vindas.
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Os ciganos enfrentaram preconceito na Europa e isso continuou nas Américas. Um dos motivos para esse preconceito era o modo como viviam. Enquanto a maioria das pessoas vivia em um lugar só, os ciganos se moviam de um lugar para outro.
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Além disso, eles não tinham leis escritas, algo comum naquela época. Apesar de terem aceitado o cristianismo, praticavam alguns atos que a Igreja não gostava, como tentar prever o futuro.
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Durante o surgimento das monarquias nacionais na Europa, os ciganos foram perseguidos, assim como outras pessoas que não seguiam a fé católica, como judeus e muçulmanos.
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Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os ciganos foram alvo de perseguição e foram colocados em campos de concentração pelos nazistas.
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Estima-se que cerca de 250 mil ciganos tenham sido mortos nesse período, principalmente na Croácia, onde quase toda a população cigana foi exterminada.
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A cultura cigana foi tema da escola de samba Imperatriz Leopoldinense no carnaval carioca de 2024. A inspiração para o enredo veio da Cigana Esmeralda, personagem dos contos de Leandro Gomes de Barros.
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Na primeira ala da escola, que faz parte do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí, dezenas de ciganos de verdade participaram do desfile, inclusive algumas mulheres de perna de pau. A ala se chamada de “Caravana em Festa”.
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