Ingresso e tradição: abadás são símbolos do Carnaval de rua

Os abadás surgiram no início da década de 1990. Antes disso, as pessoas que participavam dos blocos de rua usavam fantasias tradicionais, como pierrôs, piratas, marinheiros e caretas.

Foto: flcikr Agência Brasília

No início dos anos 1970, as fantasias começaram a ser substituídas pelas mortalhas, que eram túnicas longas, geralmente pretas, com símbolos religiosos ou políticos.

Foto: reprodução facebook

As mortalhas eram mais práticas e confortáveis, e também serviam como forma de expressão política ou social.

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No início dos anos 1990, o designer e carnavalesco Pedrinho da Rocha, o músico Durval Lelys, da Banda Asa de Águia, e o Bloco Carnavalesco Eva lançaram um novo tipo de fantasia para substituir as antigas mortalhas.

Foto: reprodução instagram @pedrinhodarochaoficial

Essa nova fantasia era uma camiseta de algodão, com o logotipo do bloco estampado.

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Originalmente, os abadás eram brancos e ligados aos capoeiristas.

Foto: flickr ministério da cultura

Com o passar do tempo, as cores vivas e os designs que expressam a identidade única de cada bloco foram tomando conta da vestimenta.

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O nome "abadá" tem origem na palavra árabe "abad", que significa "escravo". A palavra foi trazida para o Brasil pelos africanos escravizados, e passou a ser usada para caracterizar a roupa usada pelos capoeiristas.

Foto: Agecom Bahia wikimedia commons

Os abadás logo se tornaram populares, e rapidamente se espalharam para outros estados do Brasil.

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No contexto do Carnaval, o abadá é uma forma de identificação dos foliões com o bloco ou camarote que eles estão frequentando.

Foto: reprodução instagram @pedrinhodarochaoficial

Também é uma forma de expressão cultural e artística, já que os abadás costumam ser estampados com cores, desenhos e frases que representam a cultura do bloco ou camarote.

Foto: flickr Bahia Notícias

Os abadás não são apenas peças de roupa, mas também funcionam como ingressos para os blocos carnavalescos. Ao adquirir um abadá, os foliões garantem o acesso aos desfiles dos trios elétricos e outras atrações.

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Mas também existem os abadás gratuitos; nesse caso, eles costumam ser distribuídos pelos blocos ou camarotes aos seus foliões.

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No Rio de Janeiro, por exemplo, alguns blocos como o Cordão da Bola Preta distribuem abadás com designs divertidos e irreverentes, que representam o espírito carioca.

Foto: André Lobo - Riotur - Flickr

O abadá não apenas se consolidou como um item de vestuário distintivo durante o Carnaval, mas também como um símbolo da festividade, representando a diversidade, a alegria e a identidade cultural do Brasil.

Foto: reprodução instagram @pedrinhodarochaoficial

Nas últimas décadas, tem crescido a tendência dos abadás personalizados, principalmente entre os famosos.

Foto: Reprodução/Instagram

Não é difícil encontrar ideias diferentonas pelo Instagram, TikTok ou Pinterest. Tem abadá vestido e até versão em cropped…

Foto: reprodução instagram

Outra tendência que tem aparecido entre os famosos são os abadás com franjas ou fitas. Alguns ainda adicionam miçangas ou paetês.

Foto: reprodução instagram

A diversão principal do Carnaval está em misturar diferentes cores, formas e estilos. Quem gosta de um toque mais elegante, pode usar rendas, lantejoulas, patches e canutilhos para enfeitar o seu abadá!

Foto: reprodução instagram

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Foto: flcikr Agência Brasília