Patologia
Sim, sabemos que no campo da saúde mental, o medo e a ansiedade são tratados como patologia. Porém, para o psiquiatra e neurocientista Arash Javanbakht, é possível transformar esses dois sentimentos negativos em algo positivo e, de fato, útil.
Foto: Daniil Onischenko
Para que servem
Não controlados, o medo e a ansiedade impedem os humanos de levar uma vida funcional. A verdade é que o propósito evolutivo do medo é nos manter seguros, assim como a ansiedade é uma resposta cerebral diante de uma ameaça.
Foto: Lane Smith
Efeito negativo
Porém, o medo e a ansiedade podem ser paralisadores. Quem nunca ficou sem reação por conta de um medo ou insegurança que atire a primeira pedra. Pensando nisso, Arash escreveu o livro “Afraid: Understanding the Purpose of Fear and Harnessing the Power of Anxiety” (em tradução livre: "Amedrontado: Compreendendo o propósito do medo e aproveitando o poder da ansiedade")
Foto: Alex Mihu
Medo "do bem"
Na obra, o psiquiatra ensina quais são os medos "bons”. Um deles é o medo que nos avisa, principalmente, em situações sutis, que estamos nos dando mal (quando estamos em uma relação abusiva, por exemplo).
Foto: Saif
Motivação
Segundo Arash, em artigo publicado no “The Washigton Post” quando assustados, ficamos mais alertas, mais concentrados, mentalmente mais rápidos e temos melhor recordação seletiva. Essa energia e foco podem ser usados de forma produtiva.
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Xô, procrastinação
O medo também pode nos ajudar a parar de procrastinar e priorizar o que é mais importante. Além de nos levar a aprender novas habilidades.
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Medo que é divertido
O que falar dos filmes e livros de terror, não é mesmo? "Ao assustar o humano primitivo dentro de nós em um ambiente controlado, ativamos a neurobiologia sobreposta da excitação e aproveitamos o momento. Estas experiências também proporcionam uma oportunidade para criar laços com amigos e entes queridos e praticar habilidades de sobrevivência", garante Arash.
Foto: Benjamin Wedemeyer
Como gerir o medo?
O psiquiatra pontua que o medo é um sinal e que não devemos ignorá-lo. O importante é olhar para os nossos medos e ver o quanto dessa sensação é real, o quanto dela é superestimada e passe a tentar “controlar" a ansiedade.
Foto: Sammie Chaffin
Não fuja
Arash acredita que o medo não deve ser evitado; em vez disso, ele estimula os pacientes a se envolverem com aquilo que os assusta para que eles desenvolvam aprendizados das situações.
Foto: Stormseeker
Olhe para o positivo
Na teoria de Arash, ao sentir medo, a pessoa deve se voltar para o lado positivo da situação, tentando conscientemente se lembrar das próprias habilidades, das experiências positivas anteriores e dos ganhos esperados.
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Medo de vez em quando
Para o pesquisador, é bom fazer atividades divertidas e assustadoras de vez em quando, como ver filme de terror. É uma experiência de atenção plena, que estimula a região do cérebro responsável pelo medo.
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Quando procurar ajuda?
Por fim, o psiquiatra ressalta que, se o medo e a ansiedade estiverem prejudicando sua capacidade física e social, o ideal é buscar ajuda médica o quanto antes.
Foto: Camila Quintero Franco
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