A cidade goiana de Formosa fica no entorno do Distrito Federal, a 280 km da capital Goiânia, e a 80 km de Brasília.
Foto: Josué Marinho wikimedia commons
Ravi Lorenzo tinha 2 meses de vida. Ele ingeriu gotas de colírio, em vez do remédio prescrito pelo pediatra.
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A mãe disse que o filho teve febre no fim de semana.
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Por isso, ela decidiu levar a criança à UPA infantil de Formosa.
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O médico deu uma receita com três remédios para a criança tomar em casa.
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Um deles foi o Bromoprida, indicado para quem está com naúseas, febre e sintomas gastrointestinais.
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A família foi então à farmácia Ultra Popular para comprar o medicamento.
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Na farmácia, segundo a mãe, o remédio fornecido foi o Tartarato de Brimonidina, um colírio indicado para o tratamento de glaucoma em adultos.
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A família não percebeu que havia aviso de uso oftalmológico na embalagem.
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Assim, deu o remédio, em gotas, para o bebê tomar. A bula, inclusive, avisa que o medicamento é contra-indicado para crianças com menos de 2 anos.
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Há até mesmo um alerta de que recém-nascidos que receberam o colírio por causa de glaucoma congênito tiveram dificuldade para respirar, redução do batimento cardíaco, pressão baixa e perda muscular e de movimentos. Mas a mãe não leu a bula.
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Ravi piorou e a mãe o levou de volta à UPA, mas a criança morreu.
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O caso foi registrado pela Polícia Civil do estado de Goiás, para averiguação das circunstâncias da morte do bebê.
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Policiais foram à farmácia Ultra em Formosa e verificaram que as caixas dos dois remédios ( o que foi receitado e o que foi entregue) estavam muito próximas uma da outra na prateleira.
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Além disso, as embalagens são extremamente parecidas. A imprensa mostrou a comparação no noticiário.
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Os dois remédios, cujas caixas são quase idênticas, são fabricados pelo Laboratório Teuto.
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O Laboratório Teuto informou que segue a legislação e as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilança Sanitária).
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O Teuto foi fundado em 1947 na cidade de São Paulo e atualmente tem sede em Anápolis, em Goiás.
Foto: Divulgação Portal do Laboratório Teuto
A Drogaria Ultra Popular informou que estava contribuindo com as investigações e que se solidarizava com a família.
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Fica o alerta para que as pessoas sempre observem atentamente as embalagens e leiam a bula .
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