Jovem de 19 anos causa espanto ao ter Mal de Alzheimer
Foto: Imagem de Gerd Altmann por Pixabay, Flickr Adrienne Wenner e Casa Actual
Recentemente, um assunto pegou o mundo de surpresa: um diagnóstico de Mal de Alzheimer em um rapaz de 19 anos. A doença, cabe lembrar, aparece normalmente em idosos. É a pessoa mais jovem diagnosticada com o problema.
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O nome do paciente não foi revelado. Sabe-se que ele mora em Pequim, na China. O jovem começou a ter sintomas há dois anos, o que intriga ainda mais os cientistas, que jamais se depararam com isso.
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O caso foi publicado na revista Journal of Alzheimer’s Disease em janeiro. Antes deste, o paciente mais jovem diagnosticado com o problema tinha 21 anos e também era chinês.
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A situação fica ainda mais curiosa pelo fato de o jovem não ter histórico da doença da família. Além disso, os familiares relatam que ele não passou por nenhum problema que poderia ter afetado a sua memória. A perda desta é o principal sintoma da doença.
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O caso está sendo estudado pela Capital Medical University, que também fica em Pequim. Eles realizaram uma série de testes cognitivos com o paciente para chegarem ao diagnóstico.
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As dificuldades dele o fizeram, entre outras coisas, ter que abandonar a escola, no último ano do Ensino Médio. Agora, a situação serve de laboratório para entender melhor a doença, especialmente em jovens.
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Os exames no jovem identificaram uma atrofia do hipocampo cerebral, além do acúmulo da proteína beta. As duas são características da doença. Também houve um aumento da proteína tau, outra característica.
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“Explorar os mistérios dos jovens com doença de Alzheimer pode se tornar uma das questões científicas mais desafiadoras do futuro”, disseram os pesquisadores ao jornal South China Morning Post.
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Além de ter dificuldades na escola, o jovem também não conseguia se lembrar de coisas simples, como o que almoçou no dia anterior, dificuldade para se concentrar e ler.
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Estima-se que o mundo tenha cerca de 40 milhões de pessoas com o Mal de Alzheimer. A doença é a principal causa da demência. Esta, por sua vez, acomete 55 milhões de pessoas. Em 2050, a estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que o planeta terá 139 milhões de pessoas com demência no mundo.
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No Brasil, são cerca de 1,2 milhão de pessoas com Alzheimer. A estimativa é de que 100 mil novos diagnósticos são feitos anualmente. Estudos indicam que de 90 a 95% dos casos são em idosos.
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Por outro lado, a Blue Cross Blue Shield (BCBS) destacou que, entre 2013 e 2017, houve um aumento de 200% nos diagnósticos entre pessoas de 30 a 64 anos. Já dos 30 aos 40, o aumento foi de 373%. Assim, há uma clara preocupação das autoridades.
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O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, ou seja, uma doença que vai destruindo o seu corpo e o leva à morte. O Alzheimer não tem cura e, aos poucos, vai comprometendo as funções cerebrais.
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O Alzheimer começa com perda de memória, mas apenas recente. Depois, o paciente perde até memórias antigas, delira e perde coordenação motora, que tem relação com o cérebro.
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O desenvolvimento da doença também faz a pessoa esquecer como se fala ou falar coisas sem nexo. Infecções urinárias também podem aparecer. O doente não tem consciência do problema e pode chorar em excesso ou até mesmo tornar-se agressivo.
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Um paciente com Alzheimer, portanto, dá muito trabalho físico e psicológico aos familiares. A expectativa de vida é pequena: de três a nove anos. As causas ainda são desconhecidas, mas os estudos mostram que é mais provável que ela seja causada por questões genéticas.
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O tratamento para o Mal de Alzheimer busca retardar o avanço da doença, embora ela vá avançar. A doença foi descrita em 1901 pelo médico alemão Alois Alzheimer. Ela é relativamente recente porque hoje as pessoas vivem mais do que no Século XIX.
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Os estudos também apontam que leitura, interação social ou qualquer outra atividade social ajuda a evitar a doença. Eles, porém, também não são conclusivos.
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Ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan morreu em 2004, após dez anos de luta contra a doença. Ele tinha 93 anos e foi mandatário do país de 1981 a 1989.
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O ator Charlton Heston morreu em 2008, aos 84 anos, após seis anos lutando contra os sintomas da doença. Ela, porém, não foi diagnosticada. Em 1960, viveu seu auge, com o Oscar de melhor ator pelo filme "Ben Hur".
Foto: Reprodução site Adoro Cinema
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