Alta entre grávidas
Comparando as semanas epidemiológicas de 1 a 6 do ano passado com o mesmo período de 2024, houve uma alta de 345,2% no quantitativo de casos da doença em gestantes. Uma vez infectadas, as gestantes têm maiores chances de apresentar desfechos desfavoráveis em comparação com as não gestantes.
Foto: iStock
Riscos para gestantes
Formas graves da doença, como choque, hemorragias e óbito representam riscos para as gestantes, enquanto as complicações perinatais incluem prematuridade, restrição de crescimento intrauterino e morte fetal.
Foto: iStock
Diagnóstico
Os procedimentos utilizados para diagnosticar as infecções causadas pelo vírus da dengue em gestantes e puérperas não diferem daqueles utilizados
na população adulta fora do ciclo gravídico-puerperal.
Foto: iStock
Qual a diferença?
Em áreas onde há múltiplas doenças com sintomas semelhantes (como Covid-19 e sarampo), é necessário considerar a infecção pelo vírus da dengue como o principal diagnóstico diferencial para gestantes e puérperas até o 14º dia pós-parto.
Foto: iStock
Complicações
Algumas manifestações clínicas de complicações que ocorrem no ciclo
gravídico-puerperal podem dificultar a avaliação de gestantes e puérperas
infectadas pelo vírus da dengue, como a hiperêmese gravídica, pré-eclâmpsia (principalmente quadros mais graves), síndrome HELLP, corioamnionite e infecção puerperal.
Foto: iStock
Exame de sangue
Para o diagnóstico laboratorial rápido da dengue, a pesquisa do antígeno NS1 no sangue materno é a técnica mais utilizada, por sua praticidade
e rapidez no resultado.
Foto: iStock
IgM e IgC
Para o diagnóstico sorológico da infecção pelo vírus da dengue em gestantes, as plataformas mais utilizadas são as imunoenzimáticas, capazes de dosar IgM (a partir do sétimo dia) e IgG (a partir de 14-17 dias).
Foto: iStock
Há restrições para exames?
Não há restrição para indicar exames laboratoriais, incluindo os exames radiológicos necessários para a gestante. Para avaliação do bem-estar fetal, utilizam-se o exame ultrassonográfico e a cardiotocografia, dependendo da idade gestacional e do grau de comprometimento da saúde fetal.
Foto: iStock
Fique de olho
Tanto as gestantes quanto as puérperas necessitam de vigilância constante, independentemente da gravidade, mas em ritmos de avaliação próprios a cada fase.
Foto: iStock
Tratamento
Como não existe tratamento antiviral para a dengue, o tratamento, na maioria das vezes, consistirá em repouso, ingestão ou infusão de líquidos para prevenir desidratação e uso de analgésicos e antipiréticos como paracetamol ou dipirona, quando necessário.
Foto: iStock
Pode tomar vacina?
Não. A vacina disponível contra a dengue tem seu uso restrito em gestantes e lactantes por ter na sua composição vírus vivos atenuados. Por isso, é necessário que se busque alternativas para evitar essa infecção durante o pré-natal.
Foto: iStock
E se pegar?
A melhor opção de parto para gestantes com dengue é o parto via vaginal, preferentemente com plaquetas acima de 50.000/mm.(3,57), pelo risco
de tocotraumatismo materno e hemorragia, o uso da tocurgia vaginal (fórceps e vácuo-extrator), bem como da episiotomia, deve ser criteriosamente decidido em parturientes com dengue.
Foto: iStock
A melhor opção para gestantes com dengue é que procedimentos obstétricos não urgentes (a exemplo da indução de parto, manobras de esvaziamento uterino e cesárea) sejam adiados até a melhora clínica da paciente.
Foto: iStock
Siga Terra Você
Saúde, saúde mental, autocuidado, comportamento, alimentação... As grandes transformações da vida começam por VOCÊ!
Foto: iStock