Zolpidem vicia!

Famosos como Geraldo Luís e Fernando Zor admitiram dependência no remédio para dormir; entenda o risco

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A proposta

O zolpidem é um medicamento hipnótico, que age no GABA (principal neurotransmissor inibitório do cérebro) e, com isso, induz ao sono.

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Off

"Ele funciona como se 'desligasse o cérebro'", resume a psiquiatra Julia Trindade, pós-graduada em Neurociências do Comportamento e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, em entrevista ao Terra.

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Curto prazo

De acordo com ela, a medicação é indicada para tratamento de insônias de curto prazo, não sendo recomendada por mais de seis semanas.

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Problema real

Mas não é isso o que tem feito alguns pacientes famosos, segundo relatos de pessoas viciadas na substância.

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Fernando Zor

É o caso de Fernando Zor, dupla de Sorocaba. Em abril, ele revelou ser viciado na substância, tomando até 15 cápsulas por dia para "apagar".

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Geraldo Luís

Já na última semana foi a vez de Geraldo Luís falar do problema. Em entrevista ao "Isto É Gente", o apresentador admitiu o vício: "Uso há 5 anos".

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"Droga"

"Sou viciado e dependente, infelizmente, dessa droga chamada Zolpidem. Não consigo largar esse remédio maldito", disse o ex-apresentador da Record.

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Ciência

A psiquiatra ouvida pelo Terra confirma: a experiência clínica mostra que a substância pode causar dependência psicológica e/ ou física.

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Suspensão abrupta

"A interrupção abrupta do uso pode causar sintomas de abstinência, como insônia de rebote, cansaço, náuseas, tontura", cita Julia Trindade.

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Tolerância

"Outro fator que consideramos é a tolerância que é a necessidade do uso de doses cada vez maiores para ter o mesmo efeito", acrescenta.

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Como tomar?

Por isso, o uso deve sempre seguir orientação médica. O paciente deve tomar a medicação já deitado, sem atividades a fazer.

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Mistura indevida

No caso de Fernando, ele relatou ainda um episódio em que misturou Zolpidem e álcool. O cantor precisou ser internado para desintoxicação.

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Potencializa os riscos

A médica lembra que o álcool é "notoriamente conhecido por potencializar os efeitos de outros depressores do Sistema Nervoso Central", como é o caso do Zolpidem.

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Sedação profunda

"A combinação pode levar a uma sedação profunda, prejudicando a capacidade de realizar tarefas e aumentando o risco de quedas, lesões e depressão respiratória", destaca.

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Outras misturas

O mesmo alerta serve para outros sedativos e opióides. Tais misturas com o zolpidem podem culminar em quadros de hipóxia (oxigênio insuficiente nas células) e parada respiratória, por exemplo.

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