LGBT de quebrada
Favela, periferia, comunidade, quebrada: nas bordas das cidades, ser LGBTQIAP+ é diferente
Foto: Divulgação. PRODUÇÃO: MARCOS ZIBORDI
“Ser LGBT de quebrada é ser abraçade, mesmo que tudo se quebre, as fobias te firam e tudo se vá. É como colo de Mãe"
Re Moraes, multiartista, travesti de Florianópolis
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“É resistir em intensidade, ser ousado no mais alto nível, não ter medo do fundamentalismo que tenta nos parar”
Paulo Pinheiro, universitário, cis e gay de Dois Unidos, periferia do Recife
Foto: Arquivo pessoal
“LGBTs da quebrada são arrasadoras como estilistas, cabeleireiros, maquiadores, dançarinos e várias outras profissões”
Ryann Luciano, trancista, gênero fluído, favela Braúna, Ribeirão das Neves, MG
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“É ser semente de transformação social da comunidade, na luta contra o preconceito e a exclusão. É ser do corre duas, três vezes”
Ralph Duccini, transmasculino não-binárie, multiartista, vive em Pacarambi, Baixada Fluminense
Foto: Arquivo pessoal
“É lutar sete vezes mais pelo que vem de mão beijada a outros. Sigo sendo meu melhor, mesmo com as adversidades”
Kido Panontim, de São Paulo, tem dois livros de poesia e organizou a 1ª antologia de periféricos, gordos e LGBTQIAPN+, o Livro Gordo
Foto: Arquivo pessoal
“Bixa de quebrada desenvolve estratégias de sobrevivência, resistência e gingado que a fazem circular com habilidade nos diferentes territórios”
Helbert de Almeida, professor de yoga, estudante de psicologia, da periferia de Camaçari, BA
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“Na quebrada encontrei companheirismo, lealdade, coletividade e o principal: felicidade! Aqui, o corre é pra e por geral”
Luiza Bruna Jerrô é atriz, apaixonada por museus, da favela Zaki Narchi, zona norte de São Paulo
Foto: Arquivo pessoal
“É desafiar sistemas de opressão, erguer nossa identidade com bravura, transformando lugares onde a voz é silenciada em espaços de inclusão e dignidade”
Luana Maria, travesti, fundadora da Pajubá Tech. Vive no Ibura, periferia do Recife
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“Na Baixada Fluminense não tem ambulatório trans. Transfobia/homofobia são mais presentes, naturalizados e ficam impunes, na rua e em serviços públicos”
Dhiego Monteiro é transmasculino e comunicador comunitário em Duque de Caxias, Baixada Fluminense
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“Nas comunidades, as cobranças para ser bem-sucedido são acima da média. É como se nos cobrassem uma validação para superarem o preconceito”
Caio César da Silva é gay, universitário e morador do Alto Santa Isabel, Recife
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“Eu queria ter condições para proporcionar mais para os outros, não só pra mim. Então, se eu tivesse grana, tinha me capacitado muito mais para isso”
Matheus Contilio é homem trans, pansexual, morador da favela do Arará, em Benfica, RJ
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“Ser um cara trans, bissexual e da quebrada é ter que correr dez vezes mais, resistir dez vezes mais. Por nós, pelos nossos, pelas nossas quebradas. Orgulho que não cabe no peito”
Caê Vasconcelos é jornalista, homem trans, bissexual, da Vila Nova Cachoeirinha, quebrada da zona norte de São Paulo
Foto: Arquivo pessoal