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"Adolescência": Série da Netflix faz sucesso abordando o bullying

O bullying é uma forma de agressão repetitiva, que pode ser física, verbal ou psicológica, e tem como objetivo humilhar ou excluir uma pessoa e, muitas vezes, ocorre no ambiente escolar

26 mar 2025 - 13h03

Uma das séries mais comentadas dos últimos dias, a produção "Adolescência", da Netflix, tem sido o centro das discussões nas redes sociais nesta semana - desde o Parlamento Britânico até programas de entrevistas nos EUA e os portões da escola do filho do roteirista. A série conta a história fictícia de Jamie Miller, um adolescente britânico de 13 anos que é detido após uma colega da escola ser assassinada. O roteiro levanta a questão: Como o bullying pode impactar a mente de uma criança a ponto de levá-la a atitudes extremas?

Adolescência: Série da Netflix aborda o bullying
Adolescência: Série da Netflix aborda o bullying
Foto: Divulgação / Viva Saúde

O que é bullying e por que ele é tão nocivo?

O bullying é uma forma de agressão repetitiva, que pode ser física, verbal ou psicológica, e tem como objetivo humilhar ou excluir uma pessoa. A princípio, ocorre frequentemente no ambiente escolar e pode gerar traumas que acompanham a vítima por toda a vida. "O bullying não é apenas brincadeira de criança, ele pode causar danos profundos na saúde mental dos jovens, levando a quadros de depressão, ansiedade, baixa autoestima e até ideias suicidas, efeitos que podem durar a vida inteira", explica a neuropsicóloga Dra. Karliny Uchôa.

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Os impactos do bullying na saúde mental infantil

- Ansiedade e estresse constante;

- Dificuldade de socialização e isolamento;

- Problemas de concentração e queda no desempenho escolar;

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- Baixa autoestima e sensação de inadequação;

- Risco aumentado de depressão e autolesão.

"Os efeitos do bullying podem durar para toda a vida, crianças e adolescentes que passam por isso podem carregar traumas que afetam suas relações pessoais e profissionais na vida adulta".

No entanto, a especialista alerta que os riscos do bullying são ainda maiores para crianças que têm necessidades especiais ou condições do neurodesenvolvimento, como autismo ou TDAH. Esses jovens, muitas vezes, têm dificuldades de comunicação ou comportamento que os tornam alvos mais fáceis para agressões.

"Precisamos estar atentos às crianças mais vulneráveis, elas precisam de suporte especializado e proteção extra para que não sofram danos irreversíveis no seu neurodesenvolvimento nessa fase tão importante", afirma.

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O papel dos pais e professores

Por fim, pais e educadores desempenham um papel essencial para frear o bullying antes que ele cause danos irreparáveis. É fundamental criar um ambiente seguro, onde as crianças se sintam confortáveis para relatar agressões e recebam apoio adequado.

"O primeiro passo é ouvir as crianças e levá-las a sério. O bullying não pode ser tratado como algo normal ou inevitável, precisamos de diálogo e de ações firmes para garantir que nossas crianças cresçam emocionalmente saudáveis", conclui.

 * Fonte: Assessoria

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