Consumir pasta de amendoim durante a infância diminui chances de adquirir alergias

Uma nova pesquisa mostra que crianças que começaram a ingerir o ingrediente a partir dos quatro meses de vida diminuíram os riscos

17 jun 2024 - 13h21
(atualizado em 18/6/2024 às 00h51)
Comer pasta de amendoim quando criança pode evitar alergias
Comer pasta de amendoim quando criança pode evitar alergias
Foto: Canva Pro/Kawaiis / Bons Fluidos
Recentemente, um estudo realizado pela universidade pública de Londres, King's College London, revelou que os adolescentes que comeram pasta de amendoim tiveram 71% a menos de chance de contrair alguma alergia alimentícia. Esta novidade pode te chocar, porque, até então, era dito para os pais que não podia alimentar crianças com alérgenos. Então o que mudou? Para entender melhor, chamamos a médica nutróloga, Dra. Ana Luísa Vilela.

O estudo

Há 15 anos, 640 crianças, com alto risco de desenvolver alergia à amendoim, fizeram parte de um teste clínico. Metade delas evitou ingerir o ingrediente na infância e a outra tornou-o parte de sua dieta dos quatro meses de vida aos cinco anos de idade. Os resultados mostraram que quem consumiu o amendoim teve uma drástica redução de alergias até completar cinco anos.

Consumo de alérgenos

De acordo com Vilela, outras pesquisas já evidenciaram que a introdução precoce de ovo e amendoim depois dos seis meses minimiza os riscos de possíveis alergias. Porém, o cuidado de como a criança se alimentará tem de ser constante.

Os pais não podem dar o amendoim inteiro, por exemplo. "Em forma de pasta de amendoim é bem mais seguro, mas tem de assegurar que a composição não conte com adição de açúcares", alerta. Há sempre aquelas que não aceitam muito bem a textura ou o sabor. Sendo assim, a especialista indica misturá-la com frutas e iogurtes. Vale lembrar que o creme é bem calórico, já que tem baixo índice glicêmico, então fique de olho no peso da criança.

Por fim, Vilela finaliza ressaltando que os alérgenos precisam ser introduzidos de forma cautelosa para diagnosticar o que causará ou não consequências nos pequenos e, assim, não correr o perigo de os pais se confundirem.

 

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