Decidir deixar seu cabelo natural crescer é um passo significativo. Pode ser um desafio lidar com as duas texturas diferentes e com o tempo necessário para que os fios se recuperem dos tratamentos químicos anteriores.
Seja por uma questão de saúde capilar ou um desejo de redescobrir sua identidade natural, o processo de transição capilar se trata de uma mudança que afeta não apenas como você se vê, mas também como cuida de si todos os dias.
Por isso, veja como facilitar esse período, com dicas práticas para minimizar quebras, melhorar a saúde do seu cabelo e ajudar você a se sentir mais confortável com suas novas raízes!
1. Aceite o seu novo tempo de cabelo
O primeiro passo é entender que seu cabelo natural tem características próprias, como textura, volume e tipo de cacho, que podem variar bastante do cabelo quimicamente tratado. É importante aceitar que ele agora terá um novo comportamento e necessidades. Por isso, adapte sua rotina de cuidados para responder a essas mudanças, priorizando produtos que hidratem e fortaleçem os fios.
2. Faça cortes regulares
Ao passo que seu cabelo natural cresce, você vai notar uma diferença entre a parte tratada quimicamente e a nova, natural. Essa diferença pode causar quebras e pontas duplas. Para evitar esses problemas, é essencial fazer cortes regulares, que ajudam a remover as partes danificadas e facilitam o manejo dos dois tipos de textura.
3. Use cremes finalizadores
Não há um produto que torne tudo uniforme de primeira. Porém, "o uso de cremes finalizadores para cachos ou cremes de pentear sem enxágue pode amenizar as duas texturas; isso fará com que o fio se acostume com a nova forma", aponta Karla Anacleto, especialista em cabelos crespos e cacheados.
4. Invista em hidratação
A hidratação é crucial durante a transição capilar. O cabelo que está crescendo precisa de muita água e nutrientes para se manter saudável. Por isso, utilize máscaras de hidratação, óleos naturais e leave-ins que promovam a umidade e a nutrição dos fios. Esses produtos ajudam a melhorar a elasticidade e a aparência do cabelo, além de prevenir a quebra.
5. Experimente diferentes penteados
Enquanto você está em transição, pode ser difícil lidar com duas texturas diferentes. Por isso, experimentar penteados pode ser uma ótima maneira de lidar com esse desafio. Tranças, coques e twists são opções que ajudam a disfarçar a diferença de texturas e, ao mesmo tempo, protegem o cabelo de danos externos.
6. Evite calor excessivo
Durante a transição capilar, deve-se evitar o uso de ferramentas de calor, como secadores e chapinhas. Isso porque pode danificar ainda mais a parte já fragilizada do cabelo e retardar o processo de recuperação dos fios naturais. Se precisar usar calor, opte por uma temperatura baixa e sempre use um protetor térmico.
"Aplicar um leave-in com proteção térmica por todo o comprimento e pontas dos fios irá protegê-los de qualquer dano que o calor possa causar, ajudando ainda a hidratar e a controlar o frizz", explica Thiago Martins, hair stylist parceiro de Vertix, empresa de produtos profissionais, como elétricos, escovas e pentes, tesouras e acessórios para cabelos.
7. Use técnicas de texturização
Para fazer com que a textura natural e a tratada pareçam mais uniformes, você pode recorrer a técnicas de texturização como bigudins, flexi rods ou bantu knots. Essas técnicas ajudam a definir os cachos da parte natural e minimizam a percepção das diferentes texturas.
8. Seja paciente, persistente e conte com ajuda profissional
A transição capilar se trata de um processo que exige paciência e persistência. Pode levar vários meses até que você comece a ver a forma verdadeira do seu cabelo natural. Não desanime se os resultados demorarem a aparecer. Mantenha uma rotina consistente de cuidados e, acima de tudo, seja gentil consigo durante essa jornada.
"O mundo dos cabelos cacheados e crespos é cheio de termos e técnicas e, ao tomar a decisão sobre a transição capilar, o ideal é sempre contar com um profissional que entenda sua necessidade e acompanhe a transformação de perto, pois o sucesso dessa mudança vai depender de muitos fatores externos, até mesmo do ambiente", conclui Karla Anacleto.