Beach Tennis: ortopedista alerta iniciantes

Alongamentos, musculação e caminhadas ajudam nesse esporte

8 dez 2022 - 08h07
(atualizado às 22h39)
Beach Tennis
Beach Tennis
Foto: Sport Life

O Beach Tennis é a "febre" do momento no Brasil, ou seja, tanto nas cidades litorâneas quanto nas interioranas há diversas pessoas com raquetes e bolas pelas areias. Nesse sentido, muitos "embarcam" nessa novidade com o mínimo de preocupação. Aí é que surge o ortopedista Dr. Emerson Garms para alertar os iniciantes do Beach Tennis.

Problemas e recomendações

"Os problemas de joelho, ombro, punhos e coluna podem ser recorrentes em iniciantes que não realizam treinos com pausas adequadas e com a devida técnica para execução dos movimentos corretos. Como todo novo esporte novo, o início deve ser gradual com ênfase aos movimentos corretos, pausas regulares, alongamentos e alimentação adequada", diz o Dr. Emerson com exclusividade para o Sport Life.

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Esquece aquele clichê de que "só tem sorte quem treina", ou seja, tudo deve ser de acordo com aquilo que o praticante pode entregar nessa modalidade. Haja visto que o exagero dentro das areias pode acarretar em uma série de problemas, que em alguns casos até impedem a volta ao universo do beach.

"O 'overtraining' não é recomendado para nenhum esporte, inclusive no beach tennis. O ritmo exagerado pode aumentar o risco de lesões que, dependendo da gravidade, podem levar a um afastamento temporário ou definitivo. O que mais estamos vendo no consultório são lesões no joelho como entorses", detalha. Garms é coordenador de ortopedia do Hospital Santa Catarina, da unidade da Avenida Paulista, em São Paulo.

Outra orientação que o doutor passa é quando o jogo acontece na areia "fofa". Essa superfície exige mais da força e resistência do atleta, que é provocada pela instabilidade da área. A areia batida não necessita demais porque requer menos stress nas articulações.

"A superfície da areia batida pode causar maior impacto nos movimentos, já a areia fofa pode levar a dificuldade na mobilidade, seja na hora de um salto ou numa desaceleração rápida durante uma jogada", pontua o médico.

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Palavra do atleta

Não é apenas quem está dentro de um consultório que faz essas recomendações, isto é, muitos professores e profissionais de beach tennis reforçam essa tese nos treinos e competições. O ex-jogador de basquete e atleta profissional de Beach Tennis Ricardo Giannecchini, de 41 anos, é detalhista nesses cuidados.

Ricardo vestiu as camisas do SESI/Franca Basquete, Uniara-SP, Saldanha da Gama-ES, Liga Macaense-RJ e encerrou esse ciclo do basquete em 2012 no interior paulista com time de Assis. Motivado por desafios, encontrou no Beach Tennis aquilo que precisava e foi questão de tempo para participar ativamente e de não esquecer os cuidados médicos para prática segura.

"É um esporte de muita energia. Por isso, a alimentação, academia e um fisioterapeuta são fundamentais. Eu sempre oriento os meus alunos a terem esse acompanhamento. Tendo esses três profissionais com certeza você terá uma evolução grande. Você joga em um nível melhor e a paixão pelo Beach Tennis vai só aumentando", admite Giannecchini em contato a reportagem do Sport Life.

Paixão nacional

Não se sabe até quando vai durar esse "boom" do beach tennis por todo país. O que dá para notar é a identificação dessa modalidade em solo tupiniquim. Brasil sediou ITF (Federação Internacional de Tênis) Beach Tennis World Cup (Copa do Mundo) em 2022 no Rio de Janeiro. Existem brasileiros com renome e a prova disso é a dupla de tenistas André Baran e Vini Font, que atingiu visibilidade internacional em cada exibição.

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Beach Tennis fortalece a sua profissionalização. A ITF confirmou que a participação de brasileiros aumentou de 15,52% para 20,84% de janeiro até abril no masculino. O feminino registrou crescimento de 13,03% para 18,33%. Ambos registros são da temporada de 2022.

A ITF acrescentou na sequência que por todo planeta houve um crescimento do beach de mais de 2.000% desde o ano de 2008. Da estimativa de duas milhões de pessoas adeptas pelo mundo todo, o Brasil concentra nada mais nada menos do que 800 mil aficionados. Ou seja, um esporte que já nasceu popular.

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