Aos 91 anos, Stênio Garcia está longe de se acomodar com a aparência e a carreira. Foi essa última, inclusive, que o levou a se submeter a uma harmonização facial.
"Estava com pelanca caída por excesso de exercícios físicos. Acha que eu fiz para ficar bonito? Fiz para voltar para o mercado. (...) Saudade da TV a gente tem. Não quero me aposentar", declarou o ator em entrevista à coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo.
Em contato com o Terra, a esposa dele e também atriz, Mari Saade, confirma o propósito. Ela pontua que o intuito principal era corrigir a "pele caída" na face, o que o ator garantiu com o procedimento realizado 10 dias atrás.
As críticas, na avaliação dela, são maldosas. Afinal, o inchaço que chamou atenção depois que Stênio apareceu no "Fofocalizando" de terça-feira (13) se deve à medicação que ele tem ingerido para tratar um problema no nervo ciático.
Para o artista, o efeito foi puramente positivo, com um reforço na autoestima. "Estou me sentindo com menos de 15 anos, mas não é definitivo. De dois em dois anos tem que refazer. No entanto, toda essa transformação já me deu mais qualidade de vida, de trabalho".
Autoestima no ambiente profissional
A motivação profissional citada pelo ator não é isolada. A dermatologista Ligia Colucci avalia que os homens, diferente das mulheres, não costumam buscar tratamentos estéticos pela beleza.
Para eles, o maior impulsionador é o mercado de trabalho. "Quando você está com a pele bem tratada ou você trata alguma coisa que te incomoda no rosto, como um queixo pequeno, uma falta de contorno, você se sente mais empoderado", defendeu, em entrevista ao Terra.
Ligia é uma das responsáveis pelo relatório "O Futuro da Estética", da Allergan Aesthetics. O documento indica crescimento do público masculino nesse mercado. De acordo com a médica, na América Latina, os homens costumam buscar por procedimentos para deixar a mandíbula marcada, tratar queda de cabelo, traços de expressão e o excesso de suor que deixa a famosa marca de "pizza" nas camisas.
Stenio está entre aqueles que fazem preenchimento na mandíbula. Já os outros procedimentos foram preenchimento malar, tratamento de “bigode chinês”, “marionete” e olheiras e técnica de endolaser no pescoço.
Segundo Mariana Avallone, sócia da clínica “Espelho, Espelho Meu” e uma das responsáveis pelo atendimento, ele deve retornar em um mês para fazer retoques.