- Michelle Achkar
Dormir poucas horas, menos de seis a oito por noite, já foi associado ao aumento de acidente de diversos tipos e também ao maior risco de desenvolvimento de doenças. Pois dois novos estudos apontam que as mulheres são as principais vítimas da privação de sono.
Um deles, conduzido pela Faculdade de Medicina de Warwick, na Inglaterra, diz que mulheres que dormem pouco estão mais sujeitas a sofrer de aumento da pressão arterial. O outro, realizado na Universidade de Medicina de Pittiburgh, nos Estados Unidos, encontrou fortes conexões entre a falta de sono e problemas no relacionamento.
Ambos os levantamentos não identificam os riscos quando são os homens que sofrem com problemas relacionados ao sono. No caso do aumento do risco de pressão sanguínea alta, as mulheres na fase pré-menopausa foram as mais afetadas. A explicação é de que durante o sono a pressão cai naturalmente, devido à redução das atividades do organismo, e passar mais tempo acordada do que o ideal faz com que o corpo tenha de lidar com a pressão arterial elevada durante mais horas por dia.
Atividades
Os pesquisadores de Warwick afirmam que as mulheres tendem a dormir menos que os homens devido ao maior número de atividades que desempenham (conciliando trabalho, família, casa e vida pessoal) e não a problemas como insônia, depressão ou síndrome das pernas inquietas.
O sono é importante para regular as funções cerebrais, incluindo a regulação dos níveis hormonais, daí também o maior risco de mulheres que dormem mal serem obesas, pois as substâncias que afetam o apetite sofrem alterações. Em média, mulheres que dormem menos do que seis horas por noite consomem 329 calorias a mais por dia do que as que descansam mais tempo.