Harmonização facial dá para reverter? Como evitar exageros? Veja dicas

Busca por procedimento cresceu 255% entre 2014 e 2019; veja como funciona e cuidados

4 abr 2023 - 09h21
(atualizado às 12h43)
Ex-BBB Gabriel Santana mudou o sorrisou e fez harmonização facial
Ex-BBB Gabriel Santana mudou o sorrisou e fez harmonização facial
Foto: Instagram/Reprodução

Virar ex-BBB também virou sinônimo de se jogar em procedimentos estéticos, como a harmonização facial. É o caso de Gabriel Santana, recém eliminado do Big Brother Brasil 23 e mais um adepto das mudanças no rosto.

Às vezes, a transformação é bastante surpreendente, outras que não mostram muitas diferenças e tem aquelas que não caem bem no gosto do público. 

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É fato que o procedimento virou moda entre famosos e anônimos. Conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a busca masculina pela realização do procedimento cresceu 255% somente entre 2014 e 2019.

Entre críticas e elogios, algumas dúvidas surgem sobre como funciona, de fato, a harmonização facial: é reversível? Como evitar exageros? Quais os cuidados no pós? O Terra entrevistou especialista e vai te explicar com detalhes!

Os tratamentos de harmonização podem ser feitos de forma gradual.
Foto: iStock

Harmonização facial é reversível?

Ticiana Campos, odontologista especialista em estética facial, revela que algumas harmonizações podem ser reversíveis e outras não. Tudo vai depender do procedimento, do material usado e da técnica que o profissional utilizou. “A gente nem fala que é uma ‘cirurgia’. A pergunta principal que o paciente deve fazer antes do procedimento é falar sobre a condição de saúde atual e perguntar se os produtos são reabsorvíveis ou não”, aponta.

A especialista ressalta que a harmonização é a única especialidade da área da saúde com foco em face. “É um conjunto de procedimentos minimamente invasivos que trazem uma grande transformação para o paciente do ponto de vista anatômico e por isso se tornou uma febre no Brasil”, explica. 

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Antigamente, exemplifica Campos, um paciente que precisava colocar uma prótese de queixo ou fazer uma cirurgia ortognática para ajustar a região, hoje consegue ter um bom resultado com a harmonização. Para além da estética, o procedimento pode ajudar na saúde: “Nós dentistas conseguimos entregar bons resultados para os nossos pacientes através de técnicas minimamente invasivas”, pontua.

De forma gradual

Os tratamentos de harmonização podem ser feitos de forma gradual. Dessa forma, o paciente vai ter uma melhor noção dos resultados. É claro que, às vezes, na hora do procedimento, já é possível ver o resultado. Mas, em outros casos, precisamos de um mês para ver as diferenças.

Segundo Ticiana, o segredo é ter uma boa conversa com o paciente, um bom diagnóstico e fazer um plano de tratamento. A informação acaba sendo a base de tudo: “O paciente bem informado dificilmente obtém um resultado negativo com harmonização facial. Também é importante fazer procedimento em pacientes saudáveis, usar produtos com respaldo e com estudos a longo prazo”, avalia.

Cuidados

Lucas Miranda, médico dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que procedimentos estéticos estão sujeitos à intercorrências, independente de serem mais ou menos invasivos. "No caso dos procedimentos com ácido hialurônico, as intercorrências são raras, porém, têm acontecido cada vez mais. Mais pessoas estão tendo acesso ao tratamento, e também mais profissionais atuam na área", completa.

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Em geral, utiliza-se o ácido hialurônico em procedimentos faciais, como rinomodelação, harmonização facial, preenchimento labial, malar (efeito de rejuvenescimento) e por aí vai. "O rosto é uma região altamente irrigada e complexa, com inúmeras estruturas anatômicas e centenas de vasos. Algumas regiões da face podem sofrer com uma oclusão vascular (ato de bloquear o fluxo sanguíneo de forma momentânea) pela aplicação de preenchedores", revela o médico.

O dermatologista reforça que é essencial que os profissionais estejam muito bem qualificados para que o paciente esteja mais seguro. Além da técnica, que precisa estar muito bem apurada, outra ressalva é em relação às quantidades. "Quanto menos ácido hialurônico utilizado, menores as chances de ocorrerem essas intercorrências. Também é possível fazer o mapeamento das regiões de alto risco com ultrassom, para ver onde estão exatamente os vasos", conclui.

Fonte: Redação Terra Você
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