A meditação já tem lugar na vida de muitos brasileiros, afinal, uma jornada com mais equilíbrio, menos estresse e ansiedade, e um maior tempo de qualidade para autocuidado passou a ser um grande desejo e uma busca diária. Adotada durante o duro período de isolamento – chegou a crescer 45% no Brasil – a prática segue como ferramenta alternativa para autoconhecimento e bem-estar geral.
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Apesar disso, a meditação ainda carrega estigmas, além de causar dúvidas em interessados e até mesmo adeptos, principalmente sobre como praticar de maneira correta, potenciais benefícios, sem falar nos mitos que aguçam a curiosidade. Confira abaixo um guia simplificado para aprender tudo o que é necessário e começar a praticar.
O que é meditação?
Essa técnica é utilizada há séculos como uma forma de fazer da introspeção um momento de reflexão para o autoconhecimento. Ela envolve o foco total sobre diferentes aspectos, como por exemplo o dia de trabalho, para alcançar um estado de consciência plena, clareza mental e tranquilidade.
Talvez um de seus pontos principais seja a capacidade de percepção, fazendo com que praticantes se entendam melhor e acalmem o fluxo de pensamentos para que haja direcionamento, e não dispersão. Ao desenvolver essa habilidade, meditadores deixam de lado os julgamentos para se conectarem ao conhecer e à serenidade.
Os principais benefícios da meditação
Eles podem variar de pessoa para pessoa, afinal, cada um tem uma relação diferente com a prática, no entanto, quem costuma meditar com frequência pode observar:
- Redução do estresse: praticar regularmente pode ajudar nesse caso porque, segundo alguns estudos, a meditação colabora para a redução do cortisol (hormônio do estresse) e níveis de adrenalina. Além disso, meditar pode induzir produção de hormônios que auxiliam no bem-estar, como serotonina, endorfina e dopamina.
- Controle da ansiedade: pelos mesmos motivos acima, as sessões meditativas contribuem no controle da ansiedade. Objetivamente, a meditação tem como foco o “agora”, apesar de levar pessoas a refletirem sobre passado ou futuro, não está presa a ambos. É comum que o futuro, por exemplo, seja gatilho para ansiedade.
- Um sono melhor: com uma respiração regulada, pensamentos sob controle e sensações positivas em alta, é possível que um descanso melhor seja notado com o hábito de meditar bem instalado.
- Aumento do foco: pelos motivos acima citados, a concentração tende a elevar uma vez que o presente passa a ter maior foco. Muitos meditadores aproveitam até mesmo uma vertente meditativa chamada Mindfulness, que significa atenção plena.
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Cinco curiosidades sobre a meditação
- Não é religiosa: a prática existe nas religiões, mas não pertence a nenhuma delas. Meditar é refletir, por isso não é necessariamente obrigatório vincular a meditação a um tipo de religião, há pessoas que meditam por diferentes motivos.
- Não requer conhecimento avançado: meditar está longe de ser uma ferramenta de bem-estar para grupos específicos. Não é preciso estudar por meses ou anos para aprender a meditar, pois já na primeira sessão é possível compreender o objetivo dela. As sessões guiadas são ótimas para não ter que se preocupar com os passos da meditação, já que um orientador repassa instruções como: respire fundo e expire.
- Não exige uma posição específica: a forma em lótus é certamente muito conhecida, contudo não é a única opção. É possível meditar sentado em uma cadeira ou deitado, a indicação é manter a coluna ereta e estar confortável.
- Não é sobre esvaziar a mente: a reflexão é o carro-chefe, ou seja, pensar é parte da prática. Muita gente diz não conseguir “esvaziar a mente”, quando, na verdade, trata-se de algo impossível. O segredo é sempre trazer a mente para o agora, evitando ficar disperso.
- Não precisa ser longa: uma sessão não exige uma duração, pelo contrário, há meditações rápidas que variam de 1 a 5 minutos, por exemplo
Três passos simples para começar a praticar
Defina o melhor momento: a meditação não precisa ser sempre programada, ela pode acontecer quando houver desejo ou necessidade, porém, também é importante separar um horário para que seja possível realizar as experiências de modo completo, sem precisar interromper e perder os estágios de concentração e conexão.
Encontre um lugar tranquilo: esse tópico é ainda mais essencial para quem está começando a meditar. Às vezes, as distrações, como sons externos, atrapalham a sessão. E se isso acontece recorrentemente, é possível que a meditação acabe se tornando um peso ou pouco proveitosa em razão do contexto. Ensine o cérebro a reconhecer a meditação como um momento de satisfação.
Crie o hábito: enquanto alguns especialistas sugerem 21 dias como o número mágico para criar um hábito, outros apontam que a margem ideal gira em torno de 66. A inclusão de qualquer atividade em uma rotina já assimilada tende a criar desconforto, mas ao adaptar-se à nova realidade, o cérebro assume essa nova condição. No começo, separe alguns poucos minutos para meditar e vá aumentando aos poucos, criando um bom hábito.
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