Acompanhar a programação da Rede Globo nas manhãs ganhou um toque especial depois que Tati Machado tem feito a “fofoca do bem” no programa "Encontro". A jornalista participa do matinal explicando as dinâmicas do "Big Brother Brasil" e trazendo tópicos gerais do entretenimento da casa.
Além do jeito simpático que ganhou o carinho do público, os looks de Tati também chamam atenção. Em entrevista, ela não esconde que curte moda e depois que passou a trabalhar na TV, a preocupação ganhou mais destaque. "Tenho memória de vestir roupas da minha mãe, sapatos da minha mãe e ela sempre foi uma mulher estilosa. Tenho me conhecido muito, saber qual calça me valoriza, que cores não combinam”, conta.
Outro ponto que não passa batido pela jornalista é a importância de ter mulheres como ela, que fogem de um padrão de imagem preestabelecido pela TV, em um programa com alcance significativo. “Assumi meu corpo como ele é. A beleza vai além do que a gente vê no espelho”, afirma.
Gorda e bela
O corpo não é mais um problema para Tati, que ao longo do tempo foi aprendendo a ver beleza em seus traços. “Como fui ficando gorda mais velha, fui deixando de lado minha vaidade e passei a procurar o que me servia. Mas, quando eu fui para a TV e vi que existem marcas que vestem mulheres gordas, acabei me conectando com a beleza do meu corpo do que jeito que ele é”, aponta.
Quer uma dica de ouro da poderosa? A gente perguntou o que ela tem usado com mais frequência: “Estou usando muito calça com cinto. Tenho três cintos, um preto, rosa e de oncinha. Na vida fora das câmeras quase não uso, já na TV sim. E tinha preferência em roupas pretas”, revela.
Beleza para além do que se vê
Tati Machado também conta que, felizmente, nunca sentiu pressão sobre seu corpo no local de trabalho e sabe que muitas pessoas de casa se identificam com sua imagem. "Não tem como não levar essa bandeira comigo, a gente tem que ocupar os espaços mesmo. É um trabalho diário: todo dia se olhar no espelho e falar 'você é muito gata'”.
É claro que houve uma época em que Tati se pressionava mais. A gordofobia, tema que diz respeito ao preconceito contra pessoas gordas, é uma realidade no Brasil.
De acordo com a pesquisa Obesidade e Gordofobia — Percepções 2022, 85,3% das pessoas consideradas obesas no Brasil já passaram por situações de gordofobia.
O levantamento foi feito em fevereiro de 2022 pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) e a Sociedade Brasileira de Metabologia e Endocrinologia (SBEM). “Achava que só ia ser maneira se eu fosse magra. Consegui não me ferir com isso. Não sou a pessoa que fez dietas loucas, etc, mas tem dias que olho no espelho e penso ‘O que é isso?’”, desabafa.
A televisão, então, acabou se tornando uma espaço de fortalecimento e empoderamento para Tati, que fica mais do que feliz quando recebe mensagens positivas do público.