Com Isabelle Drummond, Dior desfila versões do quimono no Japão

16 abr 2025 - 12h33

A Dior levou para o Japão seu desfile da pré-coleção outono 2025. No jardim do histórico Templo Toji, em Kyoto, as modelos entravam com variações do quimono, além de vestido, calças e casacos, entre as flores de cerejeiras (sakura), criando um verdadeiro cenário de contos de fadas japonês.

Final do desfile da Dior em Kyoto
Final do desfile da Dior em Kyoto
Foto: Daici Ano/Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

Na plateia, uma representante brasileira, a atriz Isabelle Drummond, que está no país há alguns dias, aproveitando para comemorar seu aniversário de 31 anos, completados no sábado (12). Na fila A, também estavam Deva Cassel, filha de Vincent Cassel e Monica Bellucci, e a ex-top model Elle Macpherson.

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Isabelle Drummond usa look inspirado no quimono
Foto: Divulgação/Dior / Elas no Tapete Vermelho

Maria Grazia Chiuri provou por A + B que sabe explorar os hábitos de vestuário das culturas do mundo e da própria história da maison francesa, uma vez que o próprio estilista Christian Dior tinha vínculos com a cultura japonesa desde criança.

Desfile Dior em Kyoto, Japão
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

"Grandes painéis pintados com base em gravuras japonesas decoravam a escadaria até o teto. Essas interpretações de Utamaro e Hokusai compunham minha Capela Sistina. Lembro-me de contemplá-las por horas…", diz Christian Dior ao descrever, em suas memórias, o térreo da villa Les Rhumbs, em Granville, na França.

Desfile Dior em Kyoto, Japão
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

Para a coleção outono-inverno 1952 da Christian Dior-Nova York,  um de seus vestidos foi batizado de Tóquio. Um ano depois, criou o conjunto de alta-costura primavera-verão 1953, intitulado Jardim Japonês, que apresentava um motivo de pássaro em uma cerejeira em flor.

Desfile Dior em Kyoto, Japão
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

No ano seguinte, desenhou um traje de brocado japonês chamado Outamaro, confeccionado com tecidos da Tatsumura Têxtil, s históricas oficinas de tecelagem de seda jacquard fundadas em Kyoto em 1894.

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Desfile Dior em Kyoto, Japão
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

Dior foi o primeiro estilista a fazer desfiles no Japão, em 1953, e também autorizou confecções do pais oriental a desenvolver peças a partir de seus próprios moldes, adaptados ao estilo das mulheres japonesas que adotaram o visual Dior.

Desfile Dior em Kyoto, Japão
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

Resgatando essa tradição, diretora criativa italiana, que está na casa desde 2016, pensou em várias versões do quimono e também nas peças do outono-inverno de 1957, ano da morte do criador da casa: o Diortpaetot e o Diorcoat, concebidos para serem usados sobre um quimono, respeitando sua forma.

Desfile Dior em Kyoto, Japão
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

"Foi assim que surgiram casacos soltos e envolventes, às vezes com cinto: peças preciosas, tanto pelo tecido - a seda - quanto pelo esboço de um jardim japonês que acompanha a silhueta", explicou o material de divulgação da coleção.

Desfile Dior em Kyoto, Japão
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

"As calças largas e as saias longas ondulam a cada passo e movimento. É uma coleção metamórfica onde o preto permanece intenso e profundo; onde a narrativa fascinante dos motivos florais se torna uma estampa por si só; onde uma incrustação bordada dourada expressa o desejo maravilhoso que tantas vezes permeia a moda e seus criadores", continuou o texto.

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Desfile Dior em Kyoto, Japão
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

Como homenagem à colaboração estabelecida e desenvolvida desde 1954 entre Christian Dior e Tatsumura Textile - a coleção trouxe ainda silhuetas envolvidas nos tecidos emblemáticos, algumas com os mesmos motivos selecionados pelo costureiro-fundador para seus próprios designs há mais de 70 anos.

Desfile Dior em Kyoto, Japão
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

Entre as estampas buscadas nos arquivos da casa, está a que floresce no traje Jardim Japonês (Japanese Garden), da primavera-verão 1953, feitas agora pelo mestre tingidor de quimonos Tabata Kihachi, que revisitou o desenho da flor de cerejeira com sua própria composição e técnica única, destacando assim a atemporalidade cativante da Kyo-Yuzen, técnica de tingimento tradicional japonesa que envolve a pintura de desenhos diretamente no tecido, muito usada para tingir quimonos.

Deva Cassel
Foto: Divulgação/Dior / Elas no Tapete Vermelho
Elle Macpherson
Foto: Divulgação/Dior / Elas no Tapete Vermelho
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