Especialista dá dicas para evitar problemas nos lábios no verão

Existem vários fatores que podem contribuir para que problemas como queimaduras ou ressecamentos nos lábios apareçam; saiba como evitar

20 dez 2023 - 14h41

Os lábios são formados por um tecido extremamente sensível, por isso, é comum o surgimento de queimaduras, ressecamentos, rachaduras e fissuras labiais. E apesar de comum, a situação acontece principalmente em períodos de muito calor ou frio, como no verão — que inicia a partir do dia 21de dezembro — e no inverno.

Opte por usar produtos de boa procedência nos lábios –
Opte por usar produtos de boa procedência nos lábios –
Foto: Shutterstock / Alto Astral / Alto Astral

Embora os dois extremos de temperatura cause situações como as queimaduras, elas acontecem por motivos diferentes. E quem explica isso é a dermatologista Mônica Aribi. "A queimadura causada pelo sol muda a estrutura celular; o lábio também começa a ficar mais ressecado, descamativo, com surgimento de fissuras e rachaduras. Já o frio causa um tipo de queimadura que é por desidratação. Nos períodos de baixa temperatura, há uma diminuição da produção natural das glândulas que lubrificam a região, então existe um maior ressecamento porque a pele fica realmente menos hidratada e lubrificada, com a área mais atrófica".

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E ainda que os lábios sofram com a influência da temperatura, existem outros fatores que influenciam na desidratação da região. "Além de usarmos muito movimento da musculatura, a mucosa oral entra em contato com alimentos, bebidas, saliva, cosmético, principalmente batons que nem sempre têm pigmentos naturais e contêm conservantes alergênicos. Então é um local que devemos, sim, tratar com muito cuidado, com produtos específicos", acrescenta a especialista.

Mas como se prevenir das queimaduras ou ressecamentos nos lábios neste verão? E como tratar? A dermatologista explica. Veja a seguir:

Prevenindo os lábios

Segundo Dra. Mônica, o recomendado é fazer uma hidratação constante e frequente, com formulações ricas em vitaminas e antioxidantes para se prevenir destes problemas. "Os produtos específicos para hidratação local também podem conter filtros solares para evitar que haja danos pela exposição ao sol", enfatiza.

Outra dica é evitar passar a língua na região dos lábios, pois isso só piora o ressecamento. "Há aquela sensação imediata de umedecimento da região, mas logo depois acontece a formação de microfissuras, de ardência e vermelhidão local", afirma a especialista.

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A médica ainda enfatiza que outro composto que devemos ficar de olho é o cigarro. "Além de poder causar dermatite de contato, ele aumenta a temperatura local e esse é um fator predisponente à formação de células cancerígenas. O cigarro também diminui a irrigação local, provoca degradação do colágeno e dá origem às linhas em código de barra que surgem como rugas ao redor dos lábios", diz.

Vale lembrar que os ressecamentos, rachaduras e fissuras são ainda mais comuns em pessoas com lábios carnudos e/ou pele mais clara, então, se esse for o seu caso, também é preciso redobrar os cuidados.

Tratamento

Ao perceber desconforto nos lábios, o hidratante labial deve ser usado de duas a três vezes ao dia, segundo a dermatologista. Além disso, você pode optar pela escolha de batons que sejam de marcas conhecidas com uma rotulagem hipoalergênica, testados dermatologicamente, e produtos de boa procedência.

Quando há ressecamento nos lábios, a dermatologista ressalta que sempre aconselha aos pacientes a nunca remover as 'pelinhas' ou fazer esfoliação na região dos lábios com grânulos agressivos.

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"Quando houver persistência do ressecamento, apesar de todos os cuidados recomendados, deve se procurar um dermatologista para avaliação clínica mais específica. Assim, você vai descartar outros diagnósticos diferenciais e buscar formas de tratamento mais assertivas para o caso em questão. No caso das queimaduras por radiação solar, a ajuda médica pode se fazer necessária", diz.

Por fim, a médica acrescenta que tratamentos labiais a laser podem melhorar a qualidade da pele da região. Contudo, lembre-se sempre de procurar por um especialista antes de realizar qualquer tipo de tratamento para entender se é o mais adequado para o seu quadro clínico.

Fonte: Dra. Mônica Aribi, dermatologista e sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Membro Internacional da European Academy of Dermatology and Venerology e Coordenadora do Setor de Cosmiatria do Hospital Ipiranga

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