Sol, praia, sombra e água fresca. O verão no hemisfério norte tem início oficialmente no dia 21 de junho de 2015, porém, as temperaturas amenas da primavera já estão dando um gostinho do que virá pela frente na próxima estação. Para fazer jus a esta época do ano tão popular, nada melhor do que garantir um bronzeado sexy e duradouro durante os meses em que o calor está batendo mais forte deste lado do oceano.
Não é por acaso que os biquínis brasileiros acabam se tornando um verdadeiro sucesso entre as inglesas, tanto pela modelagem e cores vibrantes quanto pelo corte diferenciados. Segundo a estilista brasileira Adriana Degreas, que vende trajes de banho de sua marca homônima na loja de departamento Harrods, em Londres, e no site matchesfashion.com, o sucesso dos biquínis brasileiros entre as estrangeiras tem um toque, digamos, nacionalista. “[Eles fazem tanto sucesso] devido à bossa brasileira! Ninguém supera os biquínis brasileiros em termos de modelagem, estampas exclusivas e materiais de altíssima qualidade”.
Bumbum parece pêssego!
"Meu namorado ama quando estou vestindo meus biquínis brasileiros e sempre diz como meu bumbum parece um ‘pêssego’ quando os uso", conta a designer de interiores Olivia Cartwright, de 23 anos, em entrevista ao Terra . Baseada em Londres, Olivia é consumidora assídua dos modelitos da marca Kinky Octopus, cujos biquínis são confeccionados por uma pequena empresa familiar no Rio de Janeiro. "As partes debaixo dos biquínis brasileiros são mais gratificantes do que as calcinhas normais de biquínis. Adoro ter uma grande de variedade de partes debaixo para escolher, de lacinhos a tangas mais larguinhas. Pessoalmente, prefiro tomara-que-caia, já que eles vestem melhor meu corpo."
“A primeira vez que usei um biquíni brasileiro foi na praia de Ipanema. Pareceu um pouco estranho no começo, já que a calcinha era muito pequena! No entanto, considerando que todo mundo estava na praia usando um, fiquei relaxada e não teve mais volta. O potencial de bronzeamento dele é incrível”, disse Olivia.
Já para a modelo e dançarina Jo White, de 23 anos, usar o biquíni fio-dental brasileiro é uma maneira de se sentir mais sexy e feminina. "Faz sentido perfeitamente usar fio-dental na praia para evitar marcas do bronzeado. No entanto, é uma opção que muitas garotas não terão coragem de usá-la. Acredito que isso está mudando, já que estas opções estão chegando cada vez mais no Reino Unido."
Da mesma forma, a modelo Ellie Spicer, de 25 anos, adaptou-se rapidamente ao formato do biquíni brasileiro ao experimentá-lo pela primeira vez. "As calcinhas são um pouco menores do que os biquínis que normalmente eu usaria, mas gostei muito, de verdade. Me surpreendi com isso. Acho que são os biquínis mais sexy que já usei, com certeza. Os brasileiros apenas se tornaram especialistas na arte de fazer uma mulher se sentir sexy na praia", contou Ellie.
Best-seller
Além do tradicional fio-dental, tangas mais largas também têm feito muito sucesso entre as clientes da Kinky Octopus. “Ficamos realmente impressionados com como o fio-dental da marca está vendendo bem no Reino Unido. No entanto, este ano introduzimos alguns estilos ‘Big Bum’ novos que estão provando ser muito populares. Temos uma tanga de flamingo, além de um modelito preto clássico que custa R$ 110,00 cada. Nosso best seller é o biquíni Neon Python com fio-dental da nossa nova coleção 2015 por R$ 255,00 o conjunto”, disse Lucy Haine, proprietária da marca Kinky Octopus.
Por outro lado, os cortininhas estão entre os modelitos mais procurados pelas clientes da marca Adriana Degreas. “Com certeza o cortininha! Tanto o modelo de lacinho (R$ 680,00 o par) quanto o cortininha de alça e calcinha mais larga são um hit entre as inglesas. Outro modelo best seller são hot pants, que fazem parte do DNA da marca. Nosso cortininha longa faz muito sucesso por ser mais largo nas laterais (R$ 705,00 o par)”, disse Adriana.
A média de preço dos biquínis da Kinky Octopus varia de R$180,00 a R$ 275,00, sendo possível combinar diferentes peças. “Vendemos todos nossos biquínis separadamente de maneira sortida, há uma tendência grande de biquínis que não combinam. Em média, as consumidoras gastam de R$ 180,00 a R$ 275,00 em um biquíni. Muitas clientes compram duas partes debaixo em vez de um biquíni inteiro, por conta da tendência de topless na Europa, especialmente na Espanha e na Grécia. As partes debaixo de biquínis da Kinky Octopus começam a partir de R$ 80,00 por uma tanga Kinky lisa”, afirmou Lucy.
Já os biquínis da marca Adriana Degreas podem ser adquiridos por valores a partir de R$ 680,00. “O preço médio de varejo parte de R$ 680,00 podendo chegar a R$ 1.180,00 ou mais, dependendo do modelo e da exclusividade. Não existe uma diferença de preço entre os mercados, trabalhamos para que o preço para o consumidor final seja coerente no mundo todo, uma vez que nossa mulher compra tanto nas nossas lojas próprias ou multimarcas do Brasil quanto em viagens ao exterior”, explicou Adriana.
Corpo das inglesas x brasileiras
De acordo com a empresária inglesa Lucy, a principal diferença de corpo entre mulheres inglesas e brasileiras está na maneira como elas usam os biquínis. “No Brasil é tudo sobre o bumbum e o bronzeado. Já as mulheres inglesas fazem topless para tomar sol, o que é incomum no Brasil. Acredito que no Brasil o foco é na parte debaixo, enquanto aqui é na parte de cima”, explicou Lucy.
Por conta do potencial e diferencial dos produtos brasileiros, adaptações não são necessárias nas peças para atender a demanda no mercado estrangeiro. “O corte brasileiro é tão sexy e os designs tropicais apelam para as consumidoras no Reino Unido, já que o mercado de swimwear nas principais lojas aqui é bastante estagnado. Nossas clientes estão procurando por algo novo. Elas são jovens, entre 16 e 30 anos, estão por dentro da moda e tiram férias em Ibiza e no Mediterrâneo. Ela são definitivamente garotas de festa. Nós vendemos para o mundo inteiro, por isso nossas clientes espanholas, italianas e do Leste da Europa realmente amam um biquíni colorido pequeno”, acrescentou.
Já Adriana Degreas não vê tanta distinção entre mulheres de diversas nacionalidades, apostando em uma mulher universal para compor o DNA de sua marca. “Acredito que não existe diferença de corpo entre mulheres inglesas e brasileiras, até porque hoje em dia há um grande cuidado com o corpo através da prática de exercícios e alimentação saudável. O biquíni Adriana Degreas abrange uma mulher internacional. Nossa modelagem é global e valoriza todos os biotipos”, afirmou a estilista.