A renomada grife italiana Gucci foi acusada pela Autoridade de Padrões da Publicidade do Reino Unido (ASA) de ter usado uma modelo magra demais em uma de suas coleções.
Por causa disso, a marca teve o vídeo da campanha Cruise 2016, que começou a ser veiculada no ano passado, banido no Reino Unido pelo órgão e ainda recebeu uma recomendação da ASA para não divulgar mais as imagens.
Para a autoridade, a modelo que usa um vestido longo, uma bolsa vermelha e aparece encostada na parede em algumas partes do vídeo é "magra de uma maneira não-saudável", "esquelética" e está usando uma maquiagem escura que tenta, mas não consegue, encobrir a sua cara abatida. Segundo a ASA, a maison foi "irresponsável" em promover sua coleção com alguém que beire a anorexia.
No entanto, a grife italiana se defendeu nesta quarta-feira (6) ao dizer que sua modelo não apresenta nenhum distúrbio alimentar e também relembrou que a campanha já não é mais divulgada.
"A Gucci presta a maior atenção à seleção de modelos e como nossas campanhas publicitárias são realizadas. Nós levamos em consideração, mesmo não concordando, a sentença da ASA, que é uma instituição independente, em relação a uma modelo que apareceu em nossa campanha Cruise 2016. Tal campanha, como previsto no cronograma original, não é divulgada desde dezembro de 2015", afirmou a marca em um comunicado oficial.
A grife já havia se justificado anteriormente que o alvo da propaganda era "mais velho e sofisticado" e que todas as duas modelos tinham um físico "fino e torneado", em qual seus ossos não estavam à mostra.