Inglês em público, formigas: modelo conta perrengues da carreira

9 out 2024 - 15h03

A modelo brasileira Maria Klaumann, de 23 anos, tem apenas três anos de carreira e acaba de conquistar o prêmio Modelo Revelação do Ano, na 11ª edição do Fashion Media Awards, que contou com a presença de nomes como Rihanna, Zendaya, Gigi Hadid e Kate Moss no evento, que aconteceu em Nova York, em setembrto. O evento já homenageou supermodelos brasileiras, como Adriana Lima, em 2016.

Maria Klaumann
Maria Klaumann
Foto: Reprodução/Instagram / Elas no Tapete Vermelho

"Essa é uma prova de que sonhos podem se tornar realidade, e de maneira surpreendente", comemora Maria Klaumann, que acumula série de trabalhos em grandes publicações, como "Vogue", "V Magazine", "Perfect Magazine" e "Harper's Bazaar", além de campanhas de grifes como Michael Kors, Replay e Alo, Reinaldo Lourenço, Glória Coelho, entre outras.

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"É uma honra estar cercada por essas referências e um estímulo para seguir em frente. Aproveito também para agradecer a todas as pessoas que me apoiaram e apoiam minha trajetória profissional", afirma a modelo. Ela ainda se surpreende com sua bem-sucedida trajetória e revela alguns segredos: "Disciplina e determinação foram fundamentais para chegar até aqui".

Maria Klaumann, natural de Santa Catarina, falou com exclusividade ao "Elas no Tapete Vermelho" sobre sua carreira e também revelou alguns perrengues que passou na profissão. No próprio dia da entrega do prêmio, sentiu receio de falar em inglês, ainda mais com tantos convidados importantes no evento.

Ela conta ainda sobre o dia que sentou num formigueiro durante sessão de fotos. A modelo é representada pela MegaModel Brasil e ainda pela The Lions, em Nova York, e pela Women Management, em Milão. Confira entrevista abaixo.

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Elas no Tapete Vermelho - Como você começou a modelar? Sempre foi um sonho?Maria Klaumann - A carreira de modelo começou há três anos, mas o desejo de atuar na área vem de longa data. Cresci em Aurora, Santa Catarina, uma cidade pequena e com pouca visibilidade para a moda. Enquanto sonhava em ser modelo, mantive os pés no chão e me preparei. No começo era muito difícil por conta das condições financeiras. Não tínhamos como investir para eu ir para São Paulo, fazer as apresentações nas agências. A única vez que eu iria conseguir fazer a viagem - minha avó ofereceu a ajuda -, não deu certo. Acredite, na véspera, eu quebrei o braço.

Depois dessa tentativa frustada, até tirei da cabeça a ideia de ser modelo, mas continuei fazendo trabalhos no setor de  beleza da minha região. Uma das maquiadoras que trabalhava comigo resolveu levar minhas fotos para a equipe da Mega Models que estava em Camboriú. Após esse primeiro contato, em menos de 24 horas, eu já estava em São Paulo. Só foi difícil convencer meus pais. A direção da Mega precisou vir de Camboriú, que fica a 3h30 da minha cidade, conversar pessoalmente com os meus pais. O processo foi rápido, mas desde o começo, tive a sensação de que estava no caminho certo, encontrando as pessoas certas na hora certa. A oportunidade surgiu, e eu estava pronta para me agarrar.  E foi aí que tudo começou.

Maria Klaumann na premiação em Nova York
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

Elas no Tapete Vermelho - Como foi a sensação de receber o prêmio e como você chegou até ele? Teve inscrição ou indicação?

Maria Klaumann - A sensação de receber o prêmio Fashion Media Awards foi incrível, representando o reconhecimento de todo o meu esforço nos últimos anos. Não precisei me inscrever. A premiação, na categoria Modelo Revelação, é baseada em indicações de profissionais renomados da moda internacional. A cerimônia, realizada no Rainbow Room em Manhattan, Nova York, foi emocionante, especialmente ao receber o prêmio das mãos de Stella Maxwell (modelo belga). Foi um marco na minha carreira.  Aquela noite vai ficar para sempre na memória. Também foi um momento de muita gratidão. Tenho muito a agradecer a várias pessoas - família, amigos e agentes - que torceram e contribuíram para que eu tivesse essa evolução profissional e, em tão pouco tempo, tivesse uma premiação para comemorar. Claro eu fiquei muito ansiosa e, chegou a bater uma insegurança, principalmente porque precisava falar em inglês para uma plateia altamente renomada, até a Rihanna esteva presente.

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Elas no Tapete Vermelho - Qual seu ícone fashion? Ou quem você se inspira para seguir carreira e por quê?

Maria Klaumann - Tenho tido muita sorte em trabalhar com modelos consagradas que me inspiram. Recentemente, por exemplo, fiz a capa da V Magazine ao lado de Isabeli Fontana, que é uma grande referência para mim. Também admiro supermodelos como Gisele Bündchen e Adriana Lima. Todas elas têm trajetórias profissionais impressionantes, marcando a história de destaque das modelos brasileiras no cenário internacional da moda. Elas se destacam tanto nas passarelas quanto fora delas. São mulheres que causam impacto, tem essência e não abrem mão das suas personalidades. Fazem a diferença no mercado.

Elas no Tapete Vermelho - Qual desejo você gostaria de realizar dentro da carreira de modelo?

Maria Klaumann - Estou aberta a diversas experiências na minha carreira de modelo e acredito que ainda tenho muito a aprender. Nunca pensei que iria atuar como apresentadora, mas estou adorando essa nova fase. Recentemente, trabalhei na websérie "Nova Geração da Moda Brasileira" da "Vogue", que explora o trabalho de designers incríveis no Brasil. Essa experiência tem sido enriquecedora, permitindo-me refletir sobre a moda e aprofundar meu conhecimento sobre os fundamentos da criação. Tenho descoberto o quanto o meu lado comunicativo e espontâneo é importante para esses trabalhos. Desejo continuar explorando novas oportunidades, desfilar para diversas grifes renomadas e participar de editorias de moda inovadores.

Maria Klaumann na premiação em Nova York
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

Elas no Tapete Vermelho - Já passou algum perrengue na carreira ou teve alguma frustração?

Maria Klaumann - Na noite da premiação do Modelo Revelação do Ano, no Fashion Media Awards. Falar em inglês, no palco, para aquele publico tão qualificado meu deu frio na barriga. Ali estava os principais nomes do mundo da moda. Mas deu tudo certo. Contei com muita ajuda. E teve situações menos glamourosas. Uma vez eu estava fotografando no interior de São Paulo, numa fazenda bem rústica, e como sou do interior, já fui logo dizendo pra equipe: 'Ah, eu topo tudo, tô acostumada com mato, bicho, o que vier!'. Tudo estava indo bem até que, no meio das fotos, me pediram para sentar em um lugar meio isolado. Sem pensar duas vezes, sentei - só que em cima de um formigueiro! Quando percebi, já estava pulando e gritando, tentando tirar as formigas de mim, enquanto a equipe inteira caía na risada. Foi um caos, mas acabou rendendo umas fotos ótimas no fim das contas.

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Elas no Tapete Vermelho - Você pretende desfilar no próximo SPFW?

Maria Klaumann - Estou sempre aberta aos movimentos do mercado internacionais e nacionais.

Elas no Tapete Vermelho - Qual conselho que você dá para as pessoas que querem começar na carreira de modelo?

Maria Klaumann - Meu conselho é: confie em si mesma e não se intimide por nada. Se você tem paixão pela moda, siga em frente e ouça seu coração. A disciplina e a dedicação são essenciais para o seu desenvolvimento. Seja autêntica.  E não esqueça de valorizar cada passo da sua trajetória, por menor que seja. Cada conquista conta!

Maria Klaumann fotografando em Nova York
Foto: Divulgação / Elas no Tapete Vermelho

Elas no Tapete Vermelho -  Qual sua rotina de alimentação, exercícios cuidados etc?

Maria Klaumann - Recentemente, descobri o Pilates e, para minha surpresa, estou amando! Ele tem trazido benefícios tanto para o corpo quanto para a mente. Não abro mão da corrida, mesmo em viagens; gosto de explorar as ruas de cidades como Nova York, Paris e Madri. No início do ano, fiz uma campanha para a marca americana de fitness  Alo, para a gravei treinos pelas ruas de Nova York (foto acima), uma experiência incrível. A prática regular de exercícios me ajuda a lidar com a rotina intensa de trabalho, reduzindo a ansiedade e aumentando minha disposição. Quando estou de volta ao Brasil, adoro jogar beach tennis e até me considero uma boa jogadora! Olha, sobre a alimentação, sou cuidadosa, mas sem excesso.

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